BestFly World Wide encerra operações em Cabo Verde

A angolana BestFly World Wide, accionista maioritária da Transportes Interilhas de Cabo Verde, vai “deixar de operar definitivamente em Cabo Verde e suspender a operação da companhia TICV no país”.

A TICV, Transportes Interilhas de Cabo Verde, recebeu a 19 de Abril uma carta da Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde, indicando que “após aprovação inicial, tomou a decisão de revogar a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave mobilizada para regularizar a conectividade interilhas em Cabo Verde e que já se encontrava no país”.

Esta aeronave foi posicionada em Cabo Verde para “assegurar a manutenção do serviço prestado pela transportadora, suprindo a ausência de duas aeronaves que se encontram imobilizadas por motivo de manutenção”.

Em comunicado, a TICV demonstra-se surpreendida com a justificação da revogação da aprovação deste contrato de wet lease, com a AAC a “considerar que não é plausível o enquadramento do pedido” de integração desta aeronave.

A companhia indica que “a regulamentação cabo-verdiana é clara: este mecanismo pode ser utilizado como reforço da frota ou devido à indisponibilidade da mesma em casos como trabalhos de manutenção” e que a aprovação do contrato está em total conformidade com a lei local.

Este pedido foi efectuado a 1 de Abril, tendo a resposta sido recebida no dia 19 de Abril, considerando a companhia que o assunto foi tratado “com uma morosidade que não se coaduna com a premência” do mesmo.

A BestFly World Wide, accionista maioritário da TICV, decidiu encerrar operações definitivamente em Cabo Verde e suspender a operação da TICV nesse país.

Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, foi citado em comunicado afirmando que “sabemos da importância que a ligação interilhas tem num país que dela depende para a deslocação dos seus cidadãos e para o apoio à sua atividade económica. E, também por isso, procurámos nortear a nossa ação pelo dever de fomentar uma relação de confiança e estabilidade com os clientes da TICV. No entanto, temos operado num ambiente de negócios tóxico e punitivo, que condiciona severamente a nossa capacidade de ação, apesar do investimento contínuo que temos feito na conectividade doméstica. Este contexto, longe de ser o ideal, tem sido marcado por situações de franca anormalidade, que impedem uma resposta rápida aos desafios com que qualquer operação aérea se depara e que em nada contribuem para o desenvolvimento económico de Cabo Verde.

Sugiro que as autoridades cabo-verdianas façam a devida análise de quantas companhias já operaram em Cabo Verde nos últimos 10 anos. Acredito que o resultado dessa análise deve justificar uma profunda reflexão sobre o ambiente de negócios vivido no país”.

Clique para saber mais sobre a BestFly World Wide no seu site.

Veja também: TICV prevê “regularizar a operação” inter-ilhas em Cabo Verde esta semana

 

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