Berlim estreita colaboração com América do Sul contra drogas

Tráfico humano, corrupção, destruição ambiental: acordos recém-firmados com Brasil, Colômbia, Equador e Peru visam romper espiral de violência gerada pelo narcotráfico, anuncia ministra alemã do Interior.A Alemanha anunciou neste domingo (03/03) ter fechado acordos bilaterais com quatro países sul-americanos, entre os quais o Brasil, visando estreitar a colaboração policial na luta contra os cartéis no narcotráfico.

“Estou muito contente de ter podido concluir importantes acordos com o Brasil, Peru, Equador e Colômbia nesta semana”, os quais permitirão “cooperação operativa direta”, comentou em comunicado a ministra do Interior Nancy Faeser, ao fim de um giro pela América do Sul.

Grande parte das drogas consumidas na Europa provém da América Latina. Em 2023, o porto de Antuérpia, na Bélgica, um dos principais pontos de entrada no continente para os cartéis, interceptou a quantidade recorde de 116 toneladas de cocaína. Em Roterdã, Holanda, foram confiscadas 59 toneladas, e na Alemanha, 35.

Preservar a Alemanha da espiral de violência

O negócio milionário do narcotráfico conduz a uma “incrível espiral de violência, que também estamos vivendo em partes da Europa e queremos evitar na Alemanha a qualquer preço”, enfatizou Faeser: “A demanda maciça de cocaína na Europa contribui para a violência brutal, tráfico humano, corrupção e destruição ambiental nos países de origem e de trânsito.”

No caso do Brasil, acordou-se realizar investigações conjuntas, No Peru, a política social-democrata firmou uma declaração de intenções com a presidente Dina Boluarte, no sentido de um acordo de segurança.

Pela primeira vez, a Alemanha destinará um funcionário do Departamento Federal de Investigações (BKA) ao Equador, apesar da “situação de segurança tensa” na nação sul-americana, a fim de intercambiar informações diretamente com as autoridades locais. Berlim igualmente reforçou a cooperação policial com a Colômbia, através de uma declaração oficial conjunta.

av (AFP,EFE)



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