O sistema judicial da Venezuela anunciou na última segunda-feira, 15, a detenção do ativista por um suposto plano de assassinato contra o presidente
Na segunda-feira, 15, o sistema judicial venezuelano anunciou a captura do ativista Carlos Julio Rojas, acusado de ser o “instigador” e o “coordenador logístico” de um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.
“O Ministério Público informa a detenção de Carlos Julio Rojas, que tinha um mandado de detenção por estar vinculado e diretamente apontado como instigador e operador logístico na tentativa de magnicídio contra o chefe de Estado Nicolás Maduro“, informou Tarek William Saab, procurador-geral, na rede social X.
As autoridades ligam Rojas à suposta conspiração para assassinar o presidente, pela qual já foram detidos dois membros do grupo político ‘Vente Venezuela’, afiliado à oposicionista María Corina Machado, impedida de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho, segundo o portal O Globo.
Maduro, frequentemente denunciando planos de assassinato contra si, revelou em 25 de março, em um comício próximo ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Caracas, onde se registrava como candidato, a captura de dois indivíduos da plateia que planejavam matá-lo.
Acusações formalizadas
Após a declaração do presidente, que busca um terceiro mandato, Saab formalizou acusações de “terrorismo” e “tentativa de assassinato” contra os detidos. O ‘Vente Venezuela’ negou as acusações. Sete membros da equipe de campanha de Machado foram presos, enquanto outros sete estão sob mandado de prisão.
“Aumenta a perseguição na Venezuela, dois homens vestidos de preto sequestram o ativista comunitário e jornalista Carlos Julio Rojas, nesta segunda-feira, 15 (de abril) em Caracas, denunciam seus familiares (…). Libertem Carlos Julio Rojas“, disse no X a ONG de defesa dos direitos humanos Provea.
Uma das últimas aparições públicas de Rojas, líder de sua comunidade em Caracas, ocorreu durante a Semana Santa, quando ele organizou uma queima de Judas, com bonecos representando o presidente Maduro e o opositor Manuel Rosales, ex-rival de Hugo Chávez. A polícia tentou interromper o evento. Atualmente, segundo a ONG Foro Penal, a Venezuela conta com 269 “prisioneiros políticos”.
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