Após a crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao processo eleitoral da Venezuela, a embaixada do país solicitou uma reunião com o Poder Executivo brasileiro. A data ainda não foi definida, mas a previsão é que ocorra ainda na próxima semana.
O encontro do embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, deve ocorrer com Celso Amorim, assessor de política internacional do presidente da república.
Na semana passada, Lula repreendeu o aliado Maduro. Deu a ordem direta para o Itamaraty emitir um comunicado oficial e revisou o texto, que criticou a manobra do governo venezuelano de não permitir o registro da candidatura de Corina Yoris, pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), grupo mais forte da oposição.
A resposta de Maduro foi forte e imediata. Disse que a nota brasileira foi ditada pelos Estados Unidos.
A postura crítica do Brasil, para muitos tardia, indica que Lula vai rejeitar um processo eleitoral que não seja, de fato, livre na Venezuela.
A dúvida é se isso colocaria em risco o apoio brasileiro ao retorno dos venezuelanos ao Mercosul. É preciso esperar os próximos movimentos do tabuleiro diplomático.
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