Angola: Margarett Neves promove a integração dos angolanos em Portugal

Há 26 anos, Margarett Neves emigrou de Huambo, Angola, para Portugal à procura de novas oportunidades de vida. Treze anos depois, vive atualmente em Castelo Branco, na região centro de Portugal, onde construiu raízes, empreendeu e afirma ser uma mulher feliz. Apesar de valorizar muito o país que a acolhe, não esquece as suas raízes.

Encantada com a beleza e tranquilidade da cidade albicastrense, foi nessa região que decidiu recorrer da sua experiência de cabeleireira para a usar como oportunidade de construir a sua vida familiar e profissional.

Em Castelo Branco, Margarett tem sido uma figura central na comunidade angolana local, conquistando também o respeito não só dos seus conterrâneos, mas também da população e das entidades locais.

Desde a sua chegada a solo luso, em 1997, Margarett testemunhou, de perto, a vida dos angolanos na região, onde a preservação da cultura e a integração em Portugal “variam conforme a vontade e disponibilidade de cada indivíduo”. E, diante dessa vivência, e por conhecer as necessidades dos cidadãos, decidiu auxiliar os angolanos recém-chegados e os mais necessitados. Nascia assim a Associação de Angolanos de Castelo Branco, uma entidade anunciada publicamente numa cerimónia em Castelo Branco, no ano passado, que contou com a presença da uma extensa rede diplomática de Angola, em Portugal.

Para Margarett Neves, a ideia que permite à Associação ser bem sucedida é fazer com que a comunidade esteja “mais unida em prol das raízes” angolanas, facilitando, ao mesmo tempo, a integração da diáspora na sociedade portuguesa

Além do trabalho como cabeleireira, Margarett dedica-se a ligar Angola e Portugal, promovendo a cultura angolana e facilitando a integração dessa comunidade. Para isso, promove eventos, encontros, atividades e o diálogo institucional na região, nas restantes cidades do país e em Angola.

E todo este trabalho tem sido reconhecido. Recentemente, participou, como convidada, num evento, em Lisboa, diante da delegação de alto nível do MPLA, destacando a importância do diálogo para fortalecer os laços entre as comunidades e reforçar a cooperação mútua.

Hoje, ao retornar a Angola, a empresária e líder comunitária sente saudades das raízes, embora também se entristeça com a situação do país que a viu nascer. No entanto, o seu compromisso com a construção de um futuro melhor para os angolanos, em Portugal, permanece inabalável, sendo o trabalho na Associação de Angolanos de Castelo Branco é prova desse esforço.

Ígor Lopes

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