Amorim diz que “qualquer prisão política” preocupa, em menção à Venezuela

Assessor especial de Lula afirmou que o recrudescimento da repressão no país vizinho pode afetar o processo eleitoral

O assessor Internacional da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta 3ª feira (13.fev.2024) que “qualquer prisão de natureza política preocupa”, ao ser questionado sobre as eleições na Venezuela

“Não conheço todas as circunstâncias, mas o recrudescimento da repressão, se confirmado, é um fato que nos preocupa porque apostamos no diálogo”, afirmou Amorim, ao Globo.

Uma das principais opositoras ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a advogada e especialista em questões militares Rocío San Miguel foi presa na 6ª feira (9.fev) no Aeroporto Simón Bolívar, em Maiquetía.

A advogada responderá por “terrorismo”, “traição à pátria” e “conspiração”, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.

A oposição alega que o governo venezuelano tem aumentado a repressão contra os adversários em ano eleitoral. Maria Corina Machado, adversária política de Maduro vetada das eleições, se manifestou sobre o caso.

A Constituição da Venezuela determina que haja novo pleito em 2024, mas ainda não há uma data marcada.

“Isso [o eventual recrudescimento da repressão] pode afetar o processo [eleitoral]“, disse o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Amorim fez as declarações antes de embarcar para a África junto de Lula, que fará a 1ª viagem internacional do ano, passando por Egito e Etiópia.


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