aguaceiros e trovoadas no fim de semana e logo a seguir uma depressão fria

O “calor de verão” será de curta duração. Para o fim de semana prevê-se a possibilidade de aguaceiros, trovoadas e granizo e, no início da próxima semana, perspetiva-se a influência de uma depressão fria nas condições meteorológicas de Portugal continental.

Alfredo Graça

Alfredo Graça 4 min

O tempo quente, estável e maioritariamente soalheiro, associado à ascensão em latitude de uma crista subtropical e reforçado pelo vento do quadrante Leste, durará, sensivelmente, até sexta-feira, 10 de maio. Esta configuração sinóptica sustentada pelas altas pressões e por uma massa carregada de ar quente desencadeou uma subida das temperaturas que teve início na passada terça-feira, dia 7 e atingirá o seu pico entre esta quarta-feira (8) e a próxima sexta (10).

Os valores das máximas rondarão os 30 ºC em vastas zonas do Centro-Sul de Portugal continental (Santarém, Évora, Beja, entre outras), podendo ultrapassar localmente este patamar.

Porém, este episódio de calor excessivo para a altura do ano será de curta duração uma vez que se vislumbra o aparecimento de uma pequena depressão isolada em altitude (vulgarmente conhecida como gota fria) já neste fim de semana de 11 e 12 de maio.

Assim, nos próximos sábado (11) e domingo (12), em virtude da deslocação desta gota fria pelo território do Continente prevê-se a possibilidade de aguaceiros dispersos, por vezes fortes, potencialmente acompanhados de trovoadas e pontualmente sob a forma de granizo. Esta ocorrência será mais provável nas Regiões Norte e Centro – grosso modo a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela – em particular durante o período da tarde-noite.

Uma baixa pressão secundária associada a uma depressão fria em redor das Ilhas Britânicas poderá influenciar as condições meteorológicas em Portugal continental no início da próxima semana, trazendo precipitação a vastas zonas do Norte e Centro da nossa geografia.

É importante salientar que a previsão do tempo em Portugal para o próximo fim de semana está rodeada de uma enorme incerteza. Devido à sua natureza caótica, as gotas frias possuem uma evolução bastante complexa, o que torna a sua trajetória errática e as zonas de probabilidade de impacto muito difíceis de definir com precisão até poucas horas antes da sua ocorrência. Por outro lado, esta complexidade é normal nas precipitações convectivas, típicas da reta final da primavera e da estação estival.

Perspetiva-se a continuidade do tempo instável e com precipitação nos primeiros dias da próxima semana

Algures entre a segunda metade do dia de domingo (12) e o dia de segunda-feira (13) vislumbra-se um cenário meteorológico – este sim, parece algo mais definido – em que se percebe que a subida da crista subtropical anticiclónica sobre o Atlântico e a Gronelândia favorecerá o descolamento de uma grande massa de ar frio no sudoeste da Europa.

No seio desta massa de ar polar marítimo gerar-se-á uma depressão fria em redor das Ilhas Britânicas e outra baixa pressão secundária, o que acabará por condicionar o estado do tempo que teremos em Portugal continental. Estas baixas pressões secundárias serão responsáveis por trazer tempo instável e possivelmente tempestuoso ao nosso país a partir de segunda-feira (13).

Para o arranque da próxima semana, além da precipitação (não se descarta a possível ocorrência de mais trovoadas e granizo), espera-se uma descida significativa das temperaturas e um predomínio dos ventos de Noroeste.

A influência da depressão fria posicionada nas imediações das Ilhas Britânicas e das respetivas baixas secundárias poderá prolongar-se no Continente para lá de segunda-feira (13), deixando instabilidade também nos dias de terça (14), quarta (15) e quinta-feira (16).

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