A ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) aprovou na segunda-feira, 13, a Declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai. A medida, discutida durante a 27ª Reunião Deliberativa Extraordinária do colegiado, terá vigência até 31 de outubro deste ano, podendo ser prorrogada caso a situação de escassez persista.
A decisão foi motivada pelo cenário observado na Região Hidrográfica do Paraguai, que apresenta níveis de escassez hídrica preocupantes, segundo entidades como o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e o SGB (Serviço Geológico do Brasil). O rio Paraguai, principal da região, atingiu em abril o pior valor histórico em algumas estações de monitoramento, indicando uma escassez que já dura desde o início do ano.
Essa escassez pode trazer impactos significativos para os usos da água, especialmente no abastecimento de cidades como Cuiabá, no Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Além disso, atividades como navegação, turismo, pesca e geração de energia também podem ser afetadas.
A ANA tem a competência legal para declarar situações críticas de escassez hídrica, visando a proteção dos múltiplos usos da água em rios de domínio federal. Com essa declaração, a agência pretende intensificar o monitoramento hidrológico da região e propor medidas de prevenção e mitigação de impactos.
Outra ação adotada pela ANA foi a instalação da Sala de Crise do Alto Paraguai, um espaço para compartilhamento de informações importantes para a tomada de decisão diante dessa situação. A região do Alto Paraguai abrange parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo a maior parte do Pantanal, e é essencial para a biodiversidade e economia desses estados.
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