Aeroporto de Lima, no Peru, preserva 75 peças arqueológicas achadas até agora durante suas obras

Nova área do Aeroporto de Lima, recentemente inaugurada – Imagem: Lima Airport Partners


Aproveitando as celebrações do Dia do Arqueólogo Peruano, a Lima Airport Partners, concessionária do Aeroporto Internacional de Lima, no Peru, destacou a importância do trabalho de gestão arqueológica para a preservação dos bens culturais encontrados no processo de construção da Nova Cidade Aeroportuária “Jorge Chávez”.

No processo de construção do novo complexo associado ao Aeroporto de Lima, desde o início da execução da obra até o presente foram recuperadas 75 peças resultantes de achados dos períodos pré-hispânico, colonial e republicano, das quais 59 foram declaradas Patrimônio Cultural do Nação.

O acervo destas peças inclui vasos domésticos, esculturas, urnas funerárias, colares de contas, entre outros, além de selos da ordem da Companhia de Jesus, fragmentos de pratos, bacias, faiança inglesa, cerâmica vidrada, entre outros. Estes materiais passaram por um processo de conservação e restauro que permitiu definir as formas e converter as peças fragmentadas em bens museológicos.

Imagem: Divulgação / Lima Airport Partners

Atualmente, parte destas peças está exposta no Centro de Interpretação Arqueológica localizado nas instalações do projeto. Este centro de interpretação tem como objetivo transmitir informação educativa sobre os acervos culturais que são progressivamente recuperados no processo de construção do aeroporto Jorge Chávez.

Ruth Cabello, diretora do Plano de Acompanhamento Arqueológico do Projeto de Expansão Novo Jorge Chávez, explica que “inicialmente o centro de interpretação foi inaugurado em 2021, como espaço para divulgar as peças recuperadas aos trabalhadores e funcionários do projeto e explicar o processo histórico realizado na terra de Jorge Chávez, que muitos desconheciam, e atualmente foi aberta à comunidade através de visitas guiadas”.

Algumas das evidências culturais identificadas são a ocupação pré-hispânica encontrada na área da pista de pouso e área onde está sendo construída a usina de combustíveis, além da ocupação colonial e republicana encontrada onde o novo terminal unificado de passageiros será ser desenvolvido.

“Destacamos ainda que a ocupação mais antiga é a Cultura Lima (200 d.C. – 600 d.C.) representada através da sua cerâmica, bem como dos seus padrões funerários na costa central. Além disso, foi encontrada uma dispersão de cerâmicas utilitárias do período Ychsma (1000 – 1460 DC).

Estas evidências são registadas e analisadas para determinar o tipo de ocupação e reconstruir a cronologia desenvolvida nesta parte do território pelos nossos antepassados. Devemos também considerar que por estarmos muito próximos da costa (situada a 2 km a oeste), as sociedades assentadas nesta área dedicavam-se à pesca, complementada pela atividade agrícola.

Como construtores do século XXI, é vital deixar um legado cultural nesta nova mega infra-estrutura aeroportuária, onde todos os envolvidos se sentem orgulhosos de contribuir para a recuperação dos achados culturais”, enfatizou Ruth Cabello.

Informações da Lima Airport Partners


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