“A minha missão é divulgar a música de Cabo Verde”: Nancy Vieira lança novo trabalho com várias colaborações – Cultura

Ainda Nancy Vieira era uma jovem estudante de Gestão, em Lisboa, no início dos anos 90 – poucos anos depois de ter chegado a Portugal -, quando um colega da faculdade, no final de um dia de aulas, a convidou para o acompanhar a um concurso de música africana.

“Na brincadeira comecei a cantar, gostaram da minha voz, e como faltava um concorrente convidaram-me, logo eu que tinha saído das aulas para ir para casa. Como é que eu ia dizer aos meus pais que tinha feito um desvio para participar num concurso de música?”.


Nessa noite, Nancy cantou uma morna de B.Leza, ‘Lua Testemunha’, ganhou a eliminatória, foi à final e venceu.“O prémio foi a gravação de um disco e foi assim que tudo começou.”

As solicitações para cantar começaram e Nancy nunca mais parou. Gravou cinco discos e agora regressa com um novo trabalho, ‘Gente’, que define aquilo que deve ser a música, um ponto de encontro e de partilha. “É um disco com foco em todas as pessoas que me inspiraram e inspiram”, diz.



Entre eles está, claro, Francisco Xavier da Cruz, ou B.Leza, autor e compositor clássico de Cabo Verde, patrono da morna. Num disco em que se escuta fado, batuque, jazz, morna e pop encontram-se também, entre outros, Mário Lúcio e Vaiss Dias (tesouros vivos da música de Cabo Verde), Olmo Marín (País Basco), Luciano Maia, Gustavo Nunes e Fred Martins (Brasil), Denys Stetsenko (Ucrânia) ou António Zambujo e Amélia Muge, esta na produção.À beira dos 30 anos de carreira, e desde sempre considerada uma das herdeiras de Cesária Évora, diz hoje sem falsas modéstias: “Sinto-me com as costas muito quentes, quando a minha missão é divulgar a música de Cabo Verde.”


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