Tarifas de Trump: veja datas, países e produtos impactados – 04/03/2025 – Mercado

Desde que assumiu o cargo, em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem anunciando que irá impor tarifas contra produtos importados pelo país. A onda de tarifas prometidas não para de crescer, com algumas delas já em vigor.

Nesta terça-feira (4), os EUA passam a tarifar as importações do Canadá e do México em 25%, além de aumentar o imposto sobre produtos chineses para 20%. A China já anunciou que, em contrapartida, cobrará a partir de 10 de março um adicional entre 10% e 15% sobre vários produtos agrícolas, incluindo carnes, frutas, vegetais, soja e milho.

Veja abaixo um resumo dos planos de impostos anunciados por Trump sobre importações, mas é preciso destacar que eles mudam a todo instante.

4 DE FEVEREIRO: CHINA

Em 1º de fevereiro, Trump anunciou que iria impor, três dias depois, tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá e do México, e 10% adicionais sobre os produtos chineses.

O setor energético e o petróleo do Canadá teriam uma tarifa menor, anunciada em 10%, devido à sua importância nas importações americanas.

Canadenses e mexicanos conseguiram um adiamento da medida por 30 dias. A China, por sua vez, respondeu anunciando novas barreiras aduaneiras aos produtos americanos.

4 DE MARÇO: CANADÁ, MÉXICO E CHINA

Trump afirmou em 27 de fevereiro que as tarifas iriam entrar em vigor no dia 4 de março, seguindo o cronograma previsto e divulgou o aumento da tarifa aplicada sobre os produtos da China para 20%, dobrando o percentual anterior.

O presidente dos EUA voltou a repetir que a medida foi tomada pois os três países permitiriam a entrada de fentanil nos Estados Unidos, e os dois vizinhos de não garantiriam a segurança na fronteira.

12 DE MARÇO: AÇO E ALUMÍNIO

Donald Trump assinou em fevereiro decretos impondo tarifas de 25% sobre o aço e alumínio que entrarem nos Estados Unidos a partir de 12 de março. Ele afirmou que o objetivo é proteger a indústria nacional, que disse ter sido prejudicada “pelas práticas comerciais desleais e a superprodução global”.

Os EUA importam mais do que exportam esses bens e a aplicação das tarifas atingiria em cheio o Brasil, um dos principais fornecedores desses bens.

2 DE ABRIL: ‘TARIFAS RECÍPROCAS’ E NOVOS ALVOS

Em fevereiro, Trump disse que ainda pretendia impor “tarifas recíprocas” aos parceiros comerciais dos EUA a partir de 2 de abril. Para ele, a medida tem o objetivo de reduzir as disparidades: se um produto do país é taxado em 40% ao chegar em outra nação, Washington vai impor o mesmo nível de tarifa no sentido contrário.

Além dos impostos de importação, Trump também mira nas barreiras não tarifárias, como as regulamentações que penalizam os produtos dos EUA e o imposto sobre valor agregado dos europeus, aplicado sobre as compras independentemente do local de produção, geralmente mais alto do que nos Estados Unidos.

Trump também ameaçou impor tarifas sobre os automóveis, produtos farmacêuticos e a madeira para construção. Um dia antes, ele já havia ameaçado impor tarifas de 25% sobre os produtos da União Europeia, sem citar uma data para a aplicação dessa medida.

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