Primeiro-ministro do Haiti retirado de hospital após tiros de gangues

O líder haitiano estava a terminar uma visita ao Hospital Universitário do Estado, o maior do país, quando indivíduos dispararam armas automáticas na área, disse um funcionário do governo, que pediu para não ser identificado, à agência de notícias France-Presse.

 

A mesma fonte acrescentou que Conille conseguiu sair das instalações em segurança, escoltado por polícias haitianos e agentes quenianos da missão de segurança multinacional apoiada pela ONU.

Num vídeo publicado pelos meios de comunicação haitianos, vários polícias podem ser vistos a correr para se abrigarem enquanto os tiros eram disparados.

O estabelecimento médico está localizado numa área controlada por gangues no centro da capital e o próprio hospital esteve sob o controlo dos bandos entre o final de fevereiro e o início de julho, altura em que a polícia haitiana conseguiu recuperar o controlo.

Nos últimos meses, a violência em Porto Príncipe agravou uma grave crise humanitária. A ONU indicou que cerca de 600 mil pessoas estão deslocadas no país, um aumento de 60% desde março.

Os bandos, que dominam grande parte da capital, foram acusados de numerosos assassínios, violações, pilhagens e raptos para obtenção de resgate, situação que se agravou no início do ano, quando decidiram unir forças para derrubar o muito contestado antigo primeiro-ministro Ariel Henry.

Desde a saída de Henry foram criadas autoridades de transição para trabalhar no restabelecimento do país, com o apoio de uma missão multinacional apoiada pela ONU e liderada pelo Quénia.

O país, devastado pela violência e pela corrupção, não tem chefe de Estado desde o homicídio de Jovenel Moïse em 2021.

Leia Também: Primeiro-ministro designado do Haiti recebe alta após noite em observação

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.