Em parceria com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a Câmara de Comércio e Indústria de Portugal-Angola (CCIPA), a Associação Empresarial de Portugal (AEP) vai levar uma comitiva de 20 empresas nacionais à FILDA 2024, que decorrerá entre 23 e 28 de julho na UENJI Arena – Angola Business Center, Zona Económica Especial, em Luanda.
A realização da FILDA coincide com a visita oficial do primeiro-ministro de Portuga, Luís Montenegro, a Angola, que, além de participar no Fórum Económico Angola-Portugal, a 24 de julho, visitará o Pavilhão Nacional na feira e todas as empresas participantes.
“Naquela que é a sua 11ª participação na FILDA, o maior evento comercial de dimensão internacional em Angola, a AEP considera esta uma oportunidade para as empresas portuguesas consolidarem a sua presença neste mercado e fortalecerem as relações comerciais entre ambos os países”, refere um comunicado divulgado pela AEP.
“Apesar do desafiante momento que Angola vive, confiamos que a resiliência da economia angolana a coloca no caminho da recuperação, o que impactará positivamente as quase cinco mil empresas portuguesas que exportam para o país”, sublinha Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da AEP.
Arcen Engenharia, Azcôa, Azeol, Fieldairtech, Grupel, HRV, Labman, Lacto Serra, Macro-Frio, Metalúrgica do Tâmega, Procadimoldes, Costura Ponto, Ventisec, Cartonex, Abílio Carlos Pinto Felgueiras, Afaplan, Ernesto Grilo Sucessores/GRILO, Plastidom, Decorgesso, El Corte Inglés, são as empresas que integram a comitiva. Integram todas, à exceção do El Corte Inglés, o projeto BOW – Business on the Way, que em 2023 promoveu a participação de mais de 200 empresas em 27 ações, entre feiras internacionais e missões empresariais, em 23 mercados distintos.
Angola é 9º cliente português
Informações da AICEP referem que Angola é a terceira maior economia da África Subsaariana, segundo maior produtor petrolífero do continente africano e um país rico em recursos naturais, com destaque para o setor dos hidrocarbonetos, que representa cerca de 50% do PIB e 90% das exportações (baseadas em commodities e pouco diversificadas).
“De acordo com o Comtrade, os cinco principais fornecedores de Angola, em 2022, foram a China (16,0%), Portugal (10,7%), a Coreia do Sul (9,2%), os Países Baixos (6,8%) e a Índia (6,1%). Estes mercados representaram, em conjunto, 48,9% do valor das importações”, informa a AICEP.
As importações de Angola registaram um valor de 18 mil milhões de dólares em 2022 (11 mil milhões em 2021), com os combustíveis minerais (22,4%), as máquinas e aparelhos (18,7%), os produtos agrícolas (14,2%), os produtos químicos (9,3%) e os veículos e outro material de transporte (9,1%) a serem os cinco principais grupos de produtos importados.
Segundo o INE, Angola foi o nono destino das exportações portuguesas de bens em 2022, com uma quota de 1,8%, ocupando a 27ª posição ao nível das importações (0,6%). Ao longo do período 2018-2022 houve um crescimento médio anual das exportações de 2,8% e de 136,7% nas importações. A balança comercial de bens foi favorável a Portugal, tendo apresentado um excedente de 799 milhões de euros em 2022.
Na estrutura das exportações destacam-se as máquinas e aparelhos (29,0%), os produtos químicos (11,8%), os produtos agrícolas (10,7%), os produtos alimentares (10,1%) e os metais comuns (9,3%). Os principais grupos de produtos importados foram os combustíveis minerais (95,1%), os produtos agrícolas (2,8%), os minerais e minérios (0,6%), a madeira e cortiça (0,5%) e as máquinas e aparelhos (0,3%).
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