Diretora do FMI elogia ‘políticas macroeconômicas sólidas’ do Paraguai

Foto: DANIEL DUARTE

Kristalina Georgieva, diretor-gerente do FMI

DANIEL DUARTE

A diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, elogiou, nesta segunda-feira (22), o compromisso do Paraguai com “políticas macroeconômicas sólidas”, destacou o país sul-americano como um exemplo de economia verde e anunciou uma contribuição de 400 milhões de dólares (R$ 2,22 bilhões) para um fundo de sustentabilidade.

“O compromisso do Paraguai com políticas macroeconômicas sólidas está se refletindo em um crescimento robusto, inflação baixa e atratividade para investidores estrangeiros, assim como para o setor privado nacional”, disse Georgieva em uma coletiva de imprensa em Assunção, ao lado de Ilan Goldfajn, seu homólogo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Georgieva também anunciou que o FMI está colaborando com o BID no desenvolvimento de programas de resistência climática e economia verde.

“Neste sentido, contribuímos com 400 milhões de dólares para o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, tornando o Paraguai o primeiro país da América Latina a se beneficiar desse fundo”, anunciou Georgieva.

Os dois dirigentes destacaram ainda que o uso de 100% de fontes de energia renováveis coloca o Paraguai como uma economia verde com potencial de desenvolvimento.

“O mundo aspira a uma economia verde, e é isso que o Paraguai alcançou”, disse a diretora do FMI.

Goldfajn enfatizou o potencial de produção de energia renovável do país e sua capacidade de exportar energia elétrica, além de elogiar os 25 anos de estabilidade macroeconômica que permitem um crescimento sustentado, estimado em 3,8% neste ano, segundo estimativas do Banco Central.

Ambos os líderes estão em uma visita de três dias ao Paraguai, iniciada com uma agenda privada no domingo, que incluiu uma visita à gigantesca usina hidroelétrica de Itaipu, construída em conjunto com o Brasil no rio Paraná e considerada a mais potente do mundo (14.000 megawatts em 20 turbinas).

“É impressionante este feito do Paraguai e do Brasil”, resumiu Georgieva na coletiva de imprensa no Palácio de Governo, onde se encontrou com o presidente paraguaio, Santiago Peña.

Com três hidrelétricas (Itaipu com o Brasil, Yacyretá com a Argentina, que gera 4.000 megawatts, e Acaray, usina interna com 400 megawatts), o Paraguai exporta o excedente para seus dois vizinhos e parceiros.

Goldfajn, que mencionou que esta é a primeira vez que ele viaja conjuntamente com a diretora do FMI em uma missão, anunciou que o Paraguai sediará as reuniões anuais do BID e do BID Invest em 2026.

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.