“Em 2016, fui jogar para Chipre porque tentaram sequestrar-me na Venezuela. Faltava tudo no meu país, comida, medicamentos, gasolina…”
Nasceu em Caracas. Comece por nos apresentar a família.
O meu pai era mecânico, percebia de chapa e pintura também, e a minha mãe cuidava de mim e dos meus dois irmãos mais novos.
Qual é a sua primeira memória de infância?
O Mundial de 1990, na Itália. O meu pai era italiano, napolitano, via sempre os jogos da Itália e levava-me a ver os jogos do clube da minha cidade, o Caracas FC, do qual eu naturalmente era adepto.
Em pequeno já sonhava ser jogador de futebol?
Foi sempre o meu norte e tive sempre a certeza que era o que queria fazer da minha vida. E os meus pais acompanharam-me sempre nesse sonho.
Gostava da escola?
Gostava, mas sempre foi algo secundário para mim. Era péssimo a Matemática, Física e Química, mas era bom nas outras áreas. Gostava de História, de Geografia, esse tipo de coisas. Tudo o que era números é que não.
Foi uma criança tranquila ou deu muitas dores de cabeça?
Muitas dores de cabeça [risos]. Estava sempre com uma bola e ficava na rua até muito tarde, a minha mãe ralhava muito comigo porque não aparecia em casa, só queria jogar na rua. Eram esses os maiores problemas que tinha com a minha mãe. E na escola, quando andava pior, ela ameaçava-me com o futebol, dizia que não me deixava ir. Eu gostava muito de andar à luta, era muito quente nesse sentido e estava sempre a brigar com os outros miúdos. Sempre fui muito competitivo. Ainda hoje sou.
Quem eram os seus ídolos?
O Maldini. Jogava na posição em que eu jogo, como lateral esquerdo ou como central. E era italiano como o meu pai.
Quando começou a jogar futebol num clube?
Penso que com quatro ou cinco anos já jogava numa equipa de um clube social. Depois, aos nove, dez anos, mudei para outro clube que jogava ligas mais organizadas. Comecei a integrar a seleção da minha cidade, comecei a viajar para jogar.
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