Grupo de Guimarães que está levar energia a regiões remotas de Angola aposta nos trabalhadores locais
O Grupo MCA e o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), de Angola, assinaram, esta quarta-feira, um protocolo em que a firma de Guimarães se compromete a, no mínimo, contratar localmente 50% das vagas de funções operacionais.
Os trabalhadores serão selecionados pela delegação do INEFOP na região onde a empresa apresentar necessidade de mão-de-obra.
Com este protocolo, a MCA, no quadro da sua cultura organizacional de contratar e formar mão-de-obra local, passa a contar com o apoio do INEFOP para a seleção e recrutamento dos formandos dos centros de formação para o preenchimento das vagas de emprego, estágios profissionais remunerados, atribuição de carteiras profissionais, bem como para a Formação Pedagógica Inicial de Formadores.
Este protocolo agora assinado surge no âmbito da aplicação das Políticas Ativas do Mercado de Trabalho ao nível do Grupo MCA e do mote que o orienta – “empowering lives for generations”-, em estrito alinhamento com o plano estratégico do INEFOP 5.0.
Os trabalhadores contratados pela MCA naquele mercado vão passar a beneficiar também de um “curso de empreendedorismo e gestão básica de negócios certificado pelo INEFOP, que promove o desenvolvimento de competências, potenciando a sua capacidade de de desenvolver, implementar e gerir o próprio negócio”.
Em comunicado, a empresa lembra que, atualmente, nas empreitadas dos parques fotovoltaicos que estão em implementação pela MCA, está em curso o projeto Re-Cycle através de uma formação em carpintaria, através da qual os formandos são desafiados a criar peças de mobiliário, nomeadamente centenas de bancos, cadeiras, mesas, camas e outros objetos reaproveitando a madeira das paletes que são utilizadas para transporte e embalamento dos painéis fotovoltaicos.
“A MCA tem o compromisso de empoderar as próximas gerações. Este protocolo é a demonstração do nosso compromisso público de continuar a apostar na inovação, em projetos e ações de capacitação que ajudam os nossos colaboradores e as próximas gerações a obterem rendimentos com negócios próprios”, destaca Elisabete Alves, PCA da MCA Angola, citada em comunicado.
“O INEFOP é a instituição que tem como missão a conceção, materialização e aplicação das políticas públicas nos domínios do emprego, formação profissional e empreendedorismo, no âmbito do sistema Nacional de Emprego e formação Profissional. Reconhecemos o papel do sector privado e esse protocolo visa aproximar o sector público e o privado com vista a adoção de medidas para a melhoria do desempenho dos Sistemas Nacionais de Emprego e Formação Profissional”, refere António Agostinho Pereira, diretor-geral adjunto do INEFOP.
O protocolo tem a duração de três anos, podendo ser renovado automaticamente por igual período.
Como O MINHO noticiou, o Grupo MCA está a desenvolver um projeto de eletrificação, avaliado em 1,2 mil milhões de euros, que pretende levar energia a 60 comunidades remotas de Angola, beneficiando cerca de um milhão de pessoas.
Fundado em 1998
A MCA é um Grupo português fundado em 1998 em Guimarães, pelo empresário Manuel Couto Alves e conta, atualmente, com mais de mil trabalhadores em várias pontos do mundo.
A empresa atua no desenvolvimento, engenharia, ‘procurement’, construção e operação de projetos em quatro verticais de negócio: Energias, Desenvolvimento Urbano, Infraestruturas e Saúde.
A MCA iniciou o seu processo de internacionalização em 2006 no mercado angolano, estando atualmente presente em três clusters geográficos que incluem a Península Ibérica, Europa Central e África.
A empresa procura “criar e partilhar valor a longo prazo, promovendo assim o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua”.
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