O Estado da Nação continua a merecer destaque de manchete em mais uma edição do Expresso das Ilhas.
Cabo Verde é um país deprimido, onde muitas famílias não têm comida em casa, e onde a pobreza, aliada à falta de oportunidades, está a exacerbar problemas antigos, trazendo comportamentos desviantes para idades cada vez mais jovens. É também um país em debandada, com uma emigração de contornos diferentes da de outras épocas, e onde, dos gabinetes, não se ouve as vozes das ruas. Estes são alguns traços do retrato pintado pelo psicólogo Jacob Vicente e o líder comunitário Gerson Pereira, na Praia, a quem se junta Salvador Mascarenhas, do movimento Sokols, em São Vicente. Mas há também algumas notas positivas…
Destaque também, na Política, para a entrevista com Júlio Correia histórico militante do PAICV que anunciou a sua desvinculação do partido.
Na carta enviada ao presidente do partido, no passado dia 11 – e tornada pública no seu facebook – Júlio Correia refere o “desconforto cidadão perante o dirigismo político crescente em contramão à democracia interna outrora existente”. Ao telefone, a partir do Fogo, o antigo secretário-geral, ministro, deputado e autarca do PAICV explica ao Expresso das Ilhas o que o levou a tomar esta decisão.
Falamos também sobre a situação da protecção social em Cabo Verde.
O segundo boletim estatístico do Sistema de Protecção Social em Cabo Verde, apresentado esta segunda-feira, 15, revela que entre 2021 e 2023, 60% da população cabo-verdiana, ou aproximadamente 307.219 pessoas, está protegida por, pelo menos, uma prestação de protecção social.
Em época de férias falamos sobre os novos pontos de interesse turístico em Santiago.
Com as altas temperaturas na Cidade da Praia, muitos buscam por locais mais frescos para escapar do calor, principalmente durante o Verão. A apenas 12 quilómetros da capital, em São Domingos, podemos encontrar dois eco-espaços que se têm tornado o destino preferido de muitas pessoas que com um microclima agradável criado pela abundância de plantas, não só oferecem momentos de lazer em família, mas também têm sido o cenário ideal para eventos como casamentos e baptizados.
Na Cultura destaque para a entrevista com Carlos Bellino Sacadura, professor da Uni-CV sobre o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento.
“As condições da liberdade só na Segunda República foram consignadas nos normativos constitucionais”, afirma o Professor.
Em Cabo Verde, o Dia da Liberdade de Pensamento passou, este ano, quase desapercebido, não obstante ser considerado uma pedra angular dos direitos humanos e fundamentais em sociedades democráticas. Para fazer uma reflexão sobre o significado desta efeméride o Expresso das Ilhas conversou com o Professor de Filosofia, Carlos Bellino Sacadura, autor do livro Uma visão ética da liberdade, democracia e sociedade aberta na perspetiva global e cabo-verdiana que já se encontra disponível nas plataformas electrónicas Fnac.pt e booki.pt e que versa sobre a cultura da liberdade, tanto na vertente histórica como na actualidade, numa perspectiva universal e cabo-verdiana. Referentemente a Cabo Verde o Professor Bellino considera que, embora a Constituição de 1992 garanta a liberdade de pensamento e de expressão, no nosso país como em muitas outras latitudes, a questão económica é central. “Importa não fazer uma dicotomia como às vezes se coloca, que, bom, as liberdades não interessam, vamos ao que interessa, que é a economia e há uma tendência para basear a liberdade apenas no cálculo, no quantificável”, afirma, acrescentando que “é preciso restabelecer o primado dos valores da pessoa humana, incluindo os seus direitos sociais e culturais”.
A ler, igualmente, os textos de opinião ‘Totinho (I): O Saxofonista da música como Sopro da Alma e Respiração da Cultura (In Memoriam)’ do professor da UNI-CV Elton Carlos; ‘Insularidade, factor de identidade’ de Brito-Semedo; e ‘Onde param as nossas moedas?’ de David Leite.
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