Encontrado corpo de alpinista desaparecido há 22 anos no Peru – Mundo

William Stampfl, de 59 anos, foi dado como desaparecido em junho de 2002, depois de uma avalanche ter atingido o seu grupo de escalada durante a subida do Monte Huascarán, o pico mais alto do Peru. Foi encontrado, segundo um relatório da polícia peruana, “a uma altitude de 5.200 metros”, próximo de uma área considerada perigosa.

Passados 22 anos, o degelo acabou por expor o seu corpo. As autoridades terão conseguido  indentificá-lo posteriormente através do seu passaporte, encontrado entre alguns dos seus pertences. 

Além do corpo e dos documentos que ficaram preservados pelo gelo da montanha no Peru, também as suas roupas estavam em boas condições, frisou a Agência France-Presse. O norte-americano ainda tinha as botas e o arnês postos. 

Stampfl embarcou nesta aventura com outros dois alpinistas – Steve Erskine e Matthew Richardson. Seria uma viagem de ida e volta de 19 dias, com partida na Califórnia e chegada ao cume mais alto do Peru. Contudo, uma avalanche interrompeu a sua subida, a 24 de junho de 2002. Inicialmente, apenas o corpo de Erskine foi encontrado.

O norte-americano é agora, pelo menos, a terceira pessoa que é encontrada morta este ano na região. Ainda este ano,  foi encontrado o corpo de um alpinista italiano que caiu enquanto escalava um outro pico, sendo que os restos mortais foram recuperados em junho. Já em maio, foi encontrado morto um israelita que estava desaparecido há quase um mês.

Em junho, foram encontrados congelados cinco corpos no pico mais alto do mundo: o Monte Evereste. A maioria dos corpos encontrados deve-se ao degelo provocado pelas alterações climáticas, apontam cientistas.

O Monte Huascarán, que integra a Cordilheira Branca, fica situado a cerca de 270 milhas (435 km) da capital peruana, Lima. O ponto mais alto tem 6.768 metros. 

Conhecido pelos seus picos e escaladas deslumbrantes, a Cordilheira Branca, no nordeste do Peru, é um íman para os alpinistas de todo o mundo.