Oxford Economics revê PIB de Angola em alta para mais de 3% este ano – Angola24Horas

A consultora Oxford Economics reviu hoje em alta a previsão de crescimento económico para Angola, antevendo agora uma expansão superior a 3%, acima dos 2,3% que previa anteriormente.

“O crescimento económico de Angola no primeiro trimestre foi muito melhor do que o esperado”, argumentam os analistas do departamento africano desta consultora britânica, num comentário à evolução da economia nos primeiros três meses deste ano.

Na nota, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, apontam que “além da forte recuperação da produção petrolífera, que era esperada, a economia não petrolífera foi surpreendentemente robusta face à elevada inflação e à redução dos subsídios aos transportes”.

Assim, concluem, “este dinâmico primeiro trimestre, se não for revisto na próxima divulgação dos números do PIB, sugere que o crescimento económico de Angola para o total de 2024 pode ser maior que 3%, o que compara com a previsão atual de 2,3%”.

A Folha de Informação Rápida (FIR) referente às Contas Nacionais do I trimestre de 2024, comparativamente ao trimestre anterior, indica que o PIB cresceu 4,6%, face ao período homólogo de 2023.

O PIB no primeiro trimestre deste ano totalizou 18.327.957 milhões kwanzas (cerca de 19 mil milhões de euros), sendo 180.473 milhões kwanzas (195 milhões de euros) devido aos impostos sobre produtos, líquidos de subsídios.

As atividades que mais contribuíram para o desempenho da atividade económica neste período, segundo o INE, foram a extração e refinação do petróleo bruto e gás natural, com 30,4%, e o comércio (26,8%).

Estes números positivos levaram o secretário de Estado para o Planeamento de Angola, Luís Epalanga, a prever uma expansão de 3% para o segundo trimestre e também para o total do ano, salientando, no entanto, que os dados sobre o desempenho do setor não petrolífero, nomeadamente agricultura, pesca, diamantífero e indústria, no segundo trimestre deste ano, ainda estão em fase de conclusão.

Segundo Luís Epalanga, essencialmente desde maio que se vem assistindo a um impacto positivo, sobretudo do setor produtivo, com destaque para a agricultura, na trajetória da inflação.

“A inflação em fevereiro situou-se em 2,58%, depois passou para 2,54%, voltamos a ter o pico de 2,61%, por causa do ajustamento do preço dos transportes, e ela estabilizou em maio em torno de 2,41%, e as nossas previsões para o mês de junho é que ela venha a estar muito próximo de dois ou muito abaixo disso”, concluiu.

O crescimento de 4,6% nos primeiros três meses deste ano é o mais elevado desde o primeiro trimestre de 2015.


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