Como eleição na França muda a relação comercial do país com o Brasil

A extrema-direita na França tem um descaso com relação às questões ambientais. Se a houvesse esse contraponto político ideológico, poderíamos ter algumas dificuldades na implementação desse acordo enorme com a França.
Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas)

Aliança

Balança comercial do Brasil com a França está negativa em US$ 1.45 bilhão em 2024. O resultado é oriundo de US$ 2,98 bilhões importados do país europeu e US$ 1,52 bilhões exportados no primeiro semestre de 2024. Os dados do Comex Stat, do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Os principais envios nacionais envolvem petróleo, alimentos e, principalmente, o minério de ferro.

A França é apenas o 27º principal destino das exportações brasileiras, com embarque de US$ 452,1 milhões até junho. Por outro lado, o país europeu foi a oitava origem preferida para as importações nacionais no primeiro semestre. “Como Macron e Lula têm uma relação excelente, espero que Lula convença o presidente francês a estimular a compra de mais produtos industriais brasileiros”, diz Paulo Feldmann, professor da FIA Business School.

Há oportunidades de expansão das exportações no setor de produtos manufaturados como máquinas e equipamentos de transporte, setor de moda, alimentos, bebidas e produtos do agronegócio.
Fernanda Brandão, professora de relações internacionais Faculdade Mackenzie

Volume de investimento é mais expressivo do que as exportações. Beni destaca que a França é o terceiro país com maior volume de aportes no Brasil, com mais de 860 empresas que empregam 500 mil pessoas. “Esse ponto é crucial, porque resulta na criação de emprego e renda”, avalia ela ao ver a relação comercial mais importante do que a união diplomática entre os países.

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