Brasileiros são assaltados e andam mais de 25 km em deserto

Dois turistas brasileiros e seu grupo de viagem foram assaltados, durante passeio ao Cânion de Los Perdidos, no Peru. Os paranaenses Paulo Ricardo da Cruz e Andressa Alexandre viralizaram nas redes sociais, nesta semana, ao relatarem o que ocorreu em maio deste ano. 

No TikTok, eles contaram a história — que “dá até filme”. Enquanto estavam em um dos cânions, bandidos armados levaram uma das duas vans do grupo. Como não conseguiram dar partida na outra, roubaram sua bateria, para que o eles não os alcançassem. No local em que se encontravam, não havia sinal telefônico. 

Diante do susto, o grupo decidiu se dividir. Enquanto uma parte tentou encontrar uma rodovia, a outra partiu em busca de sinal de celular. “Quem conseguisse achar ajuda primeiro ajudava os outros”, contou Andressa. Ao todo, eles andaram 25 km no deserto até que o sinal de celular estivesse disponível. 

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“Você está caminhando em local que não tem nada, só areia reta, e você não tem ideia da distância que você precisa caminhar para chegar em algum lugar com civilização”, disse o casal, ao g1. “É muito desesperador, faz você começar a pensar em muita coisa. Era até engraçado, porque, às vezes, as pessoas começavam a alucinar, ver coisas onde não tinha. Isso dá um filme.”

Os brasileiros foram salvos, mas a dor de cabeça não havia acabado

Quando já estavam a salvo, na cidade, o casal decidiu registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia. Andressa e Paulo encontraram resistência das autoridades para formalizar o registro. Eles ficaram mais cinco horas no órgão público. 

“Ficamos horas na delegacia”, disse Andressa. “Foi um completo descaso dos policiais.”

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Apesar da dor de cabeça, o casal, que possui uma conta de viagens pelo mundo no Instagram, relatou que o problema não estragou a viagem. 

“Essa experiência não resume a viagem”, disse. “Foram uns 20 dias [de viagem] e isso aconteceu em uma tarde. A gente viveu coisas muito incríveis no Peru, a gente fez amigos lá. Os peruanos são atenciosos, legais, muito prestativos, a gente se sentiu muito bem lá.”

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