Publicado 11/07/2024 20:18 | Atualizado 11/07/2024 20:26
São Paulo – Um casal de turistas brasileiros viveu horas de medo e tensão durante uma viagem que fez ao Peru em maio deste ano. Andressa Alexandre, de 27 anos, e Paulo Ricardo da Cruz, de 32 anos, faziam uma trilha pelo Cânion de Los Perdidos, no meio do deserto nas imediações da cidade de Ica, quando criminosos que chegaram de moto roubaram as vans que tinham levado o grupo de 20 pessoas, do qual o casal fazia parte, até o local.
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Os turistas caminharam cerca de 25 quilômetros durante seis horas até a chegada dos veículos de resgate, minutos antes do pôr do sol. “A gente estava perdido”, relatou Andressa em suas redes sociais. “O pior de tudo isso era o medo que a gente tinha, que era um medo constante de que os bandidos iriam voltar pra terminar aquele assalto.”
O cânion fica numa área remota do país, onde não há moradores nem sinal de celular. O grupo foi levado até lá em duas vans por uma agência de turismo. No local, a maioria dos viajantes desembarcou para fazer a trilha, enquanto alguns preferiram permanecer nas vans.
Quando o grupo retornou, cerca de meia hora depois, uma das vans havia sido roubada. A outra, mais antiga, foi deixada para trás sem bateria, para que ninguém seguisse os ladrões. Eles levaram toda bagagem que encontraram.
O motorista de um dos veículos contou que a dupla de assaltantes estava armada e chegou a disparar um tiro. Uma turista foi atropelada ao tentar impedir a fuga dos ladrões, pois seu passaporte estava dentro do veículo. Ela não teve ferimentos graves.
CAMINHANDO SEM RUMO
Segundo Andressa, o grupo se dividiu em dois, orientados pelo guia e pelo motorista, e caminhou sem rumo pelo deserto em busca de sinal de celular. Depois de várias horas, uma pessoa conseguiu ligar para a agência de turismo, que enviou os veículos de resgate.
Os brasileiros só voltaram ao hotel na madrugada seguinte, após passar muitas horas em uma delegacia, tentando registrar boletim de ocorrência. Natural do Paraná, o casal mantém um canal no YouTube e em outras plataformas digitais, onde compartilha registros de viagens pelo mundo.
“O deserto do Atacama (no Chile), inclusive, era um lugar que a gente tinha muita vontade de ir. Mas, depois do que aconteceu no Peru, eu confesso que dá muito medo de voltar pra esses lugares muito afastados”, disse Andressa.
MONTANHISTA
No último sábado, uma equipe de montanhistas encontrou indícios de que o montanhista brasileiro Marcelo Delvaux, de 55 anos, desaparecido desde 30 de junho em um dos cumes do vulcão Nevado Coropuna, o 4º mais alto do Peru, teria caído numa fenda no gelo e, provavelmente, está morto. O corpo ainda não foi encontrado. Segundo um amigo de Delvaux, a fenda onde equipamentos do montanhista foram encontrados na borda é muito grande e as condições climáticas não permitem o acesso do resgate.
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