Em momentos semelhantes, Colômbia e Uruguai se reencontram dez anos depois de pintura de James

Celestes e Cafeteros fazem a segunda semifinal da Copa América nesta quarta-feira (10); quem passar enfrenta a Argentina na decisão

Uruguai e Colômbia fazem, nesta quarta-feira (10), a segunda semifinal da Copa América. Em momentos semelhantes, as duas seleções vêm tendo um bom desempenho na competição, e ao lado da Argentina, dominam o continente em atuações foscas da Seleção Brasileira.




James Rodríguez em ação pela Colômbia

Foto: Lance!

Mas é praticamente impossível falar nos dois nomes e não ser transportado pela memória à Copa do Mundo de 2014. A dupla protagonizou um grande jogo no Maracanã, pelas oitavas de final da competição, e James Rodríguez foi o nome da partida.

Em vitória dos Cafeteros por 2 a 0, o meio-campista anotou os dois gols do embate. O primeiro, inclusive, rendeu ao central o Prêmio Puskás de gol mais bonito do ano: em ajeitada do volante Abel Aguilar, James matou no peito dentro da meia-lua, e acertou um lindo chute, com a bola tocando no travessão antes de entrar.

Na segunda etapa, desfrutando de uma construção coletiva exemplar, apareceu de oportunista na área e colocou a bola no fundo das redes de Muslera. O jogo basicamente abriu os olhos do mundo para quem era Rodríguez, que cerca de um mês após o Mundial, foi comprado pelo Real Madrid junto ao Monaco por 75 milhões de euros (cerca de R$ 230 milhões à época).

Dez anos depois, James segue em alta na Colômbia. Apesar de não ser a mesma joia negociada pelos Merengues, tendo rodado em clubes de menor expressão no exterior e não se encaixando no São Paulo, ainda mantém o mesmo nível com a camisa de sua seleção.

Por isso, a atenção especial do Uruguai deve ser dedicada ao meia nesta quarta. Além de um gol marcado nas quartas de final contra o Panamá, foram cinco assistências nos quatro jogos na competição. Desempenho que atrai os olhares de qualquer um que estiver em seu caminho.

Mas do outro lado, a seleção celeste não está para brincadeira. Sob o comando de Marcelo Bielsa, um time que parecia já capengar a nível sul-americano ressurgiu com uma nova geração muito talentosa. Nomes como Ronald Araújo, Fede Valverde e Darwin Núñez, explodindo no topo europeu, se aliam a peças conhecidas do futebol brasileiro, como Arrascaeta, Nico de la Cruz e Matías Viña, e formam um diamante de time lapidado por um técnico rodado.

Entre os remanescentes de 2014, há apenas dois atletas: Luis Suárez e Josema Giménez. Os dois, porém, acompanham costumeiramente do banco de reservas o surgimento de novas peças que conduzem a Celeste a uma nova possível final do continente.

Desde as oitavas da Copa do Mundo realizada em solo brasileiro, Uruguai e Colômbia voltaram a se encontrar em seis oportunidades. Foram cinco nas Eliminatórias e uma na edição mais recente da Copa América. Em nenhuma delas, os Cafeteros conseguiram vitórias nos 90 minutos: são duas derrotas e quatro empates. Mas uma das igualdades, justamete no continental de 2021, deu aos então comandados de Reinaldo Rueda a vaga na semifinal.

Momentos semelhantes, resultados proporcionais, gerações novas com lideranças cascudas. As qualidades das duas seleções se anulam. A palavra é equilíbrio. Por isso, a aposta do jogo está nos detalhes. Quem errar menos deve levar o embate de ideias e entendimentos do jogo.

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