Presidente do parlamento de Kiev visita Portugal este ano a convite de Aguiar-Branco – Guerra na Ucrânia
Presidente do parlamento de Kiev visita Portugal este ano a convite de Aguiar-Branco
Assembleia da República vai cooperar nas reformas legislativas que Kiev terá de concretizar nos seus processos de adesão à NATO e União Europeia.
O presidente do parlamento ucraniano visita Portugal até ao final do ano e a Assembleia da República vai cooperar nas reformas legislativas que Kiev terá de concretizar nos seus processos de adesão à NATO e União Europeia.
O convite formal para que Ruslan Stefanchuk realize a visita oficial a Portugal foi feito pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, na segunda-feira, durante uma reunião bilateral à margem da cimeira da Assembleia Parlamentar da NATO, que hoje termina em Washington.
“Foi uma reunião muito importante e que me permitiu expressar e condenar veementemente os recentes ataques de que a Ucrânia foi vítima, ataques que atingiram níveis de barbaridade muito elevados. Reiterei o convite para que o presidente Ruslan Stefanchuk visite Portugal, que aceitou. E, portanto, em data a acertar, mas seguramente até ao final do ano, previsivelmente algures em novembro, essa visita vai concretizar-se”, declarou à agência Lusa o presidente da Assembleia da República.
José Pedro Aguiar-Branco, que se encontra em Washington acompanhado pelo vice-presidente da Assembleia da República Marcos Perestrello, adiantou à agência Lusa que acertou com o seu homólogo ucraniano uma intensificação da colaboração entre os parlamentos de Portugal e da Ucrânia.
“Entre os nossos parlamentos, poderemos avançar com uma colaboração mais estreita. A experiência portuguesa pode ajudar no que respeita às reformas legislativas (por exemplo, na área da justiça) necessárias para a adesão da Ucrânia à NATO e à União Europeia”, referiu o antigo ministro social-democrata.
Durante a sua reunião com Ruslan Stefanchuk, José Pedro Aguiar-Branco disse ter reiterado “a posição oficial de Portugal de apoio da adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO”.
“Do lado do presidente da Ucrânia, recebi um reconhecimento sincero, verdadeiro e sentido do apoio que Portugal tem dado à causa ucraniana desde a primeira hora, não só em termos financeiros e de armamento, mas também ao nível dos apoios humanitário, político, geopolítico e comunicacional. Estando Portugal situado no extremo oposto da União Europeia, é muito importante o nosso papel em termos de visibilidade da causa ucraniana. E, por outro lado, Portugal pode ter um papel, que sabe fazer bem, na sua relação com países terceiros, transmitindo a mensagem de que está em causa a liberdade e a democracia para todos nós”, completou.
Na reunião, o presidente da Assembleia da República também transmitiu ao seu homólogo que os feridos ucranianos que estão a ser tratados em Portugal foram recebidos recentemente no parlamento, em Lisboa, “e tiveram uma manifestação de aplauso e carinho por parte dos parlamentares portugueses”.
“Temos com a Ucrânia uma relação sentida e genuína”, sustentou.
Na segunda-feira, em Washington, além do encontro com Ruslan Stefanchuk, José Pedro Aguiar-Branco, teve uma reunião bilateral com o presidente do parlamento da Estónia, Mauri Hussar.
“Abordámos os principais desafios para o reforço do projeto europeu e a questão da Ucrânia, num momento em que a Kaja Kallas está apontada para o cargo de alta representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança”, assinalou.
De forma informal, Aguiar-Branco manteve conversações com os presidentes dos congressos de Espanha e dos Estados Unidos, e com os líderes dos parlamentos de Itália e da Polónia.
Hoje, à margem dos trabalhos formais da Assembleia Parlamentar da NATO, José Pedro Aguiar-Branco terá ainda em Washington reuniões com congressistas luso-americanos.
A cimeira reúne delegações parlamentares dos 32 membros da NATO, bem como da Ucrânia, incluindo 23 presidentes de parlamentos. Esta reunião de alto nível, entre outros objetivos, visa reforçar a dimensão parlamentar da Aliança Atlântica e realçar as posições dos parlamentos dos diferentes Estados-membros sobre as principais prioridades da NATO.
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