Não fumar é a melhor decisão para barrar declínio cognitivo na velhice

Continua após a publicidade

Pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, descobriram que não fumar é a melhor estratégia a ser adotada para quem busca barrar o declínio cognitivo na terceira idade. A descoberta confirma outros estudos que apontam a relevância de um estilo de vida saudável, como algo tão importante quanto a genética, para uma velhice saudável.

“Nossas descobertas sugerem que, entre os comportamentos saudáveis ​​que examinamos, não fumar pode estar entre os mais importantes em termos de manutenção da função cognitiva”, afirma Mikaela Bloomberg, médica e autora principal do estudo, em nota.

Publicado na revista Nature, o estudo sobre o impacto de não fumar envolveu mais de 32 mil pessoas, com 50 a 104 anos, que foram acompanhadas por até 15 anos. Os voluntários moravam em algum país da Europa, durante a pesquisa.

Cigarro, declínio cognitivo e velhice

Buscando entender quais hábitos mais contribuem para manter as funções cognitivas do cérebro na terceira idade, os pesquisadores dividiram os mais de 30 mil participantes em 16 perfis diversos, com base no estilo de vida.

Não fumar ajuda a impedir o declínio cognitivo de uma pessoa durante o envelhecimento saudável (Imagem: Eduardo Barrios/Unsplash)

Por exemplo, uma pessoa que não fuma, bebe álcool com moderação, pratica atividade física com regularidade e mantém uma boa rede de relacionamentos (amigos ou familiares). Em outro perfil, o indivíduo bebe e fuma em excesso, é sedentário e não tem amigos.

Continua após a publicidade

Independentemente do perfil, cada voluntário precisou responder questionários sobre os seus hábitos e passou por testes que mediam a função cognitiva (como testes de memória e de fluência verbal) ao longo dos anos. 

Após cruzar os dados da pesquisa, os pesquisadores britânicos descobriram que não fumar era a melhor atividade para impedir o declínio cognitivo. O resultado era positivo, mesmo quando os outros comportamentos de estilo de vida não eram tão saudáveis.

Envelhecimento saudável

“Nosso estudo é observacional, portanto não pode estabelecer definitivamente causa e efeito, mas sugere que fumar pode ser um fator particularmente importante que influencia a taxa de declínio cognitivo”, destaca a pesquisadora Bloomberg.

Continua após a publicidade

“Para as pessoas que não conseguem parar de fumar, os resultados indicam que a prática de outros comportamentos saudáveis, como exercício regular, consumo moderado de álcool e ser socialmente ativo, pode ajudar a compensar os efeitos cognitivos adversos associados ao tabagismo”, acrescenta a especialista.

Inclusive, os fumantes “saudáveis” apresentaram níveis menores de declínio cognitivo ao longo dos anos. É que, apesar do fumo, eles praticavam exercício físico, bebiam pouco álcool e mantinham as amizades.

Fonte: Nature, UCL  

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.