Economia angolana registou um crescimento de 4,6% no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos, o maior aumento verificado desde o primeiro trimestre de 2015, de acordo com dados do INE.
A economia angolana deverá registar um crescimento de cerca de 3%, no segundo trimestre deste ano, estimou hoje o secretário de Estado para o Planeamento de Angola, sublinhando a necessidade de consistência nos níveis de produção do país.
Luís Epalanga, que falava em conferência de imprensa sobre a evolução do PIB, no primeiro trimestre de 2024, salientou que os dados sobre o desempenho do setor não petrolífero, nomeadamente agricultura, pesca, diamantífero e indústria, no segundo trimestre deste ano, estão em fase de conclusão.
“Quando dispormos desses números mais apurados poderemos ter dados mais concretos (…), mas está perto de 3%, no segundo trimestre”, referiu.
A economia angolana registou um crescimento de 4,6% no primeiro trimestre do ano, em termos homólogos, o maior aumento verificado desde o primeiro trimestre de 2015, de acordo com dados do INE.
Segundo Luís Epalanga, essencialmente desde maio que se vem assistindo a um impacto positivo, sobretudo do setor produtivo, com destaque para a agricultura, na trajetória da inflação.
“A inflação em fevereiro situou-se em 2,58%, depois passou para 2,54%, voltamos a ter o pico de 2,61%, por causa do ajustamento do preço dos transportes, e ela estabilizou o mês passado em torno de 2,41%, e as nossas previsões para o mês de junho é que ela venha a estar muito próximo de dois ou muito abaixo disso”, sublinhou.
O governante angolano realçou que se forem mantidos os “níveis de produção que são refletidos pelo PIB de forma sustentada” e um crescimento positivo sequencial, “certamente que o nível geral de preços vai estabilizar ou pelo menos terá uma tendência de redução”.
“O fundamental era focarmo-nos na manutenção dos níveis de produção para que depois tenha impacto sobre a disponibilidade de bens e tenha impacto sobre o nível de preços dos bens amplamente consumidos”, vincou.
Luís Epalanga salientou que se o país continuar a verificar taxas de crescimento positivas, como vem acontecendo desde o terceiro trimestre de 2023, vai gerar renda para as famílias e contribuir para a diminuição dos níveis de desemprego.
A Folha de Informação Rápida referente às Contas Nacionais do I trimestre de 2024, comparativamente ao trimestre anterior, indica que o PIB cresceu 2,1%, considerando a série com ajuste sazonal, com desempenhos positivos da construção, transportes e armazenagem, além do setor do petróleo e gás natural, o que tem maior destaque.
O PIB no primeiro trimestre deste ano totalizou 18.327.957 milhões kwanzas (cerca de 19 mil milhões de euros), sendo 180.473 milhões kwanzas (195 milhões de euros) devido aos impostos sobre produtos, líquidos de subsídios.
As atividades que mais contribuíram para o desempenho da atividade económica neste período, segundo o INE, foram a extração e refinação do petróleo bruto e gás natural, com 30,4%, e o comércio (26,8%).
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