Órfão de estrelas, Brasil aposta na camisa para superar o Uruguai

Foto: Thearon W. Henderson / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Sem o lesionado Neymar e com Vinícius Júnior suspenso, o Brasil terá um grande desafio nas quartas de final da Copa América contra o Uruguai e, com um time ainda sem identidade, a aposta será na tradição e força de sua camisa.

No cargo desde janeiro, o técnico Dorival Júnior ainda não conseguiu dar uma cara à Seleção, que segue longe de seu estilo.

Com o empate em 1 a 1 com a Colômbia na terça-feira, o Brasil terminou na segunda colocação do Grupo D da Copa América, com 5 pontos somados em nove possíveis.

Em entrevista coletiva em Santa Clara (Califórnia), Dorival ressaltou que sua equipe está em processo de reconstrução, o que requer tempo para alcançar uma solidez como a da Colômbia, invicta há 26 jogos.

“Essas oscilações vão acontecer, é uma equipe em formação, não podemos esquecer”, ressaltou o treinador.

Mas a paciência que Dorival pede bate de frente com os problemas que a Seleção precisa resolver a curto prazo, que no momento ocupa a modesta sexta posição nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, uma acima da repescagem

Vini Jr. suspenso

O Brasil precisava vencer a Colômbia para evitar o Uruguai, que dominou o Grupo C com três vitórias.

Embora tenha saído na frente com um gol de falta de Raphinha, a Seleção não conseguiu o objetivo e ainda por cima perdeu Vinícius Júnior, que recebeu o segundo cartão amarelo na fase de grupos e está suspenso para o jogo de quartas de final.

O atacante do Real Madrid fará companhia a Neymar no próximo sábado na arquibancada do Allegiant Stadium, em Las Vegas (Nevada), perdendo mais uma oportunidade de mostrar que é o líder que a Seleção precisa.

Contra a Colômbia, Vini fez seu pior jogo no torneio, depois de ter sido decisivo na goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai, na segunda rodada.

Em todo caso, Dorival terá que buscar soluções para um ataque carente de artilheiros, num momento em que Rodrygo parece sentir o peso de ser o camisa 10 com a ausência de Neymar.

“Até pouco tempo ouvia dizer que o Brasil tinha de aprender a jogar sem os protagonistas, é o momento. Vini fica fora, estamos sem Neymar por algum tempo, em algum momento não os teremos em uma partida, outros terão de aparecer”, disse Dorival.

Com Rodrygo e Raphinha aparentemente titulares, as outras duas opções são os jovens Savinho, que marcou contra o Paraguai, e Endrick, que ainda espera uma oportunidade para começar jogando.

“A equipe mais vencedora do mundo”

Até agora o Brasil se mostrou confortável em abrir mão do rótulo de favorito, mas contra a Colômbia, ao encarar a hora da verdade, mandou um recado para quem dá a Seleção como morta.

“O Uruguai vive grande momento. Hoje três equipes se destacam: Argentina, Uruguai e Colômbia, além da Venezuela. Mas a seleção brasileira é a seleção brasileira (…) Temos qualidade para sair deste momento”, destacou Dorival.

“Vamos para o jogo com confiança na nossa equipe, na nossa qualidade, inclusive sem o Vini”, disse o goleiro Alisson. “Tenho certeza de que quem entrar vai estar à altura”.

“Somos a equipe mais vencedora do mundo”, resumiu o lateral Wendell. “Esperamos contra o Uruguai uma equipe muito forte, mas eles também vão ver a força do futebol brasileiro”.


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