Uruguai de Bielsa confirma favoritismo com pé no acelerador na Copa América

Uruguai. (Foto por: Michael Reaves / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

Sem trégua. Sem descanso. O pé, sempre, pisa fundo no acelerador. Essa é a postura do Uruguai de Marcelo Bielsa, que chegou às quartas de final da Copa América com 100% de aproveitamento: três vitórias em três jogos.

A Celeste apostou em sua melhor escalação contra os Estados Unidos na vitória por 1 a 0 no Arrowhead Stadium em Kansas City (Missouri), no jogo que confirmou a equipe como líder do Grupo C e eliminou os donos da casa.

Embora a classificação já estivesse praticamente garantida depois de vencer Panamá (3 a 1) e Bolívia (5 a 0), a comissão técnica de Bielsa preferiu colocar em campo seus principais jogadores. E eles corresponderam às expectativas, para reafirmar o favoritismo do Uruguai, que busca seu 16º título continental.

“Fizemos nove pontos, nos classificamos e estamos dando esperança ao país”, declarou o zagueiro Ronald Araújo. “Estamos fazendo um bom trabalho”.

Araújo participou da jogada do polêmico gol de Mathías Olivera, que deu a vitória à ‘Celeste’ contra os Estados Unidos, ao cabecear para o rebote do goleiro Matt Turner após bola levantada na área por Nicolás De La Cruz em cobrança de falta. Os anfitriões pediram impedimento de Olivera, mas o lance foi validado após checagem do VAR.

O Uruguai abriu o placar apesar dos momentos complicados que viveu ao longo do jogo. “Estamos preparados para nos adaptarmos ao que for”, ressaltou o volante Manuel Ugarte.

Assumir riscos

“O jogo foi muito intenso, muito físico, mas nós sabíamos que teria essas características”, analisou o auxiliar técnico Pablo Quiroga, que comandou a equipe no lugar de Bielsa, suspenso após atraso no retorno dos vestiários drpois do intervalo no jogo contra a Bolívia.

“O planejamento estabelecia entrar com os jogadores que vinham atuando com regularidade, levando em conta que daqui até o próximo jogo teremos dias suficientes para nos recuperar”, disse Quiroga sobre a decisão de escalar o que tinha de melhor contra os americanos.

Uma decisão que teve seus riscos.

Maximiliano Araújo, por exemplo, sofreu uma concussão e teve que ser substituído. Seu quadro terá que ser monitorado, apesar de Quiroga ter declarado que o jogador “está melhor”.

O Uruguai vai entrar em campo pelas quartas de final no próximo sábado, contra Brasil ou Colômbia, dependendo da definição do Grupo D.

“Muito mais”

Federico Valverde considerou que o jogo era “um ótimo teste” para medir o potencial da seleção uruguaia.

“É normal”, disse o meia do Real Madrid ao ser questionado sobre os momentos em que os Estados Unidos ficaram mais com a bola. “O adversário precisava ganhar”.

Valverde, de toda forma, fez uma autocrítica. “Tenho que participar muito mais do que participo. Tenho que tentar jogar um pouco mais à frente e não tão atrás, porque temos jogadores muito bons, de bom passe, e atrás pode ser que eu obstrua um pouco o caminho para que a bola chegue à frente”, disse ele. “Acho que fui bem, mas tenho que fazer muito mais”.


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