Macron inicia visita delicada à Guiana Francesa

A segunda visita de Macron como presidente desde 2017 lhe permitirá “entrar em contato com a população” e “ouvir os responsáveis eleitos”, especialmente sobre os seus pedidos de reforma do status do território, segundo o seu gabinete.

Paris deve “conceder-lhe o mesmo status que a Córsega”, uma ilha mediterrânea que poderia avançar para uma maior autonomia por meio de uma reforma constitucional, disse o presidente regional da Guiana, Gabriel Serville. 

A ministra de Territórios Ultramarinos, Marie Guévenoux, afirmou que cabe às autoridades eleitas da Guiana “definir quais competências querem que o território assuma”.

A visita anterior de Macron, que remonta a 2017, foi prejudicada quando ele disse que não era “papai Noel” ao responder a uma pergunta sobre a construção de um hospital. 

Cinco anos depois, 60% dos guianenses optaram por Marine Le Pen, adversária de extrema direita de Macron, no segundo turno das eleições presidenciais francesas de 2022.

Em Camopi, região remota do leste onde fica uma base operacional avançada das Forças Armadas, em um departamento (estado) fronteiriço com o Brasil, o presidente francês pediu que se apresente a ele dentro de três meses um plano “operacional melhorado” para o combate à extração ilegal de ouro.


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