“Terramoto político” em Espanha: ex-assessor de ministro de Sánchez acusado de 20 crimes, caso envolve empresas em Portugal

Há um novo escândalo que envolve o presidente do Governo espanhol. As autoridades espanholas consideram que as empresas de Koldo García, um ex-assessor do Governo do Partido socialista espanhol (PSOE), em Portugal serviram para branquear dinheiro de contratos entre o Governo de Pedro Sánchez e o presidente do clube de futebol Zamora.

O antigo assessor do ministro dos Transportes de Espanha, José Ábalos, tem empresas e propriedades em Portugal que estão registadas em nome do presidente do Zamora, Víctor Aldama, e de mais quatro sócios.

As empresas situam-se nos arredores de Elvas e todas situadas na mesma morada, um espaço vazio num edifício de escritórios, especifica o jornal Expresso.

A rede serviria para branquear subornos em diferentes investimentos.

O esquema teria gerado um mínimo de 10 milhões em subornos.

A investigação começou com uma queixa do Partido Popular (PP).

O juiz do Ministério Público de Espanha atribuiu aos envolvidos até à data cerca de 20 crimes de organização criminosa, tráfico de influência, corrupção passiva e branqueamento de capitais.

Belén Rodrigo, correspondente da SIC em Espanha, diz que é um “terramoto político” em Espanha, que afeta vários membros do Governo de Sánchez. Em causa está “uma série de contratos” realizados na altura da pandemia.

“Investiga também uma rede de contactos e de agendas que receberam uma série de comissões na venda, sobretudo, de máscaras”, acrescenta.

Vinte pessoas foram detidas no dia 21 de fevereiro, no âmbito deste caso, dá conta a correspondente da SIC. O nome mais conhecido é o de Koldo García.

“É um caso muito complicado de acompanhar. Há muitos nomes em cima da mesa”, reconhece a jornalista.

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