Presidente da Assembleia da Venezuela, Jorge Rodríguez, diz que os integrantes da missão são “rudes, bastardos, canalhas, ilegais e ilegítimos”
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, pediu na 3ª feira (14.mai.2024) o cancelamento do convite à missão da UE (União Europeia) para observar as eleições presidenciais do país. O pleito está previsto para ser realizado em 28 de julho deste ano.
“Minha sugestão é que enviemos uma carta, assinada pela liderança da Assembleia Nacional, ao corajoso presidente da CNE [Comissão Nacional Eleitoral], Elvis Amoroso, pedindo-lhe que retire o convite feito à UE, por serem rudes, bastardos, canalhas, ilegais e ilegítimos”, disse Rodríguez em uma sessão.
Por meio de seu perfil no X (ex-Twitter), o presidente da Assembleia Nacional disse ainda que “a parcialidade da UE é evidente, pois o que pretende é que o poder na Venezuela seja detido por um fantoche dos Estados Unidos”.
A inclusão de observadores internacionais nas eleições foi um compromisso estabelecido no Acordo de Barbados, visando assegurar a transparência e legitimidade do pleito presidencial. O pedido de Rodríguez pode comprometer a presença da missão de observação da UE, que já havia sido confirmada e participou das eleições regionais de 2021.
A presença de entidades eleitorais é tida como crucial para a oposição venezuelana, que vê na observação internacional uma garantia de competitividade para as eleições.
Em 2021, a missão de observação da UE, apesar de notar melhorias em comparação com eleições anteriores, identificou graves falhas democráticas, levando à sua expulsão pelo governo Maduro.
Na 2ª feira (13.mai) o bloco europeu retirou 4 venezuelanos da lista de sanções para demonstrar apoio à condução das eleições e fortalecer o processo eleitoral na Venezuela.
Saíram da lista de sanções o presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Elvis Amoroso, e 3 ex-funcionários do órgão: o ex-secretário-geral Xavier Moreno Reyes, e os ex-diretores Socorro Hernández e Leonardo Morales Poleo
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