Segundo o SPUTNIK, jornal oficial da Rússia, a República Democrática de São Tomé e Princípe acaba de assinar nos últimos dias um Acordo de cooperação militar com a Rússia. “Esse acordo começou a ser implementado no dia 5 de Maio”.
Ficou estipulado que ambas as partes irão cooperar no treino conjunto de tropas, no recrutamento das forças armadas, na logística, no intercâmbio de experiências e de informações no âmbito da luta contra o terrorismo internacional, assim como na educação e na formação de pessoal militar. O seu objetivo é “contribuir para fortalecer a paz e a estabilidade internacional”.
O acordo, que é válido por tempo ilimitado, abrange também a aviação militar e a marinha de guerra.
As ilhas de São Tomé e Príncipe foram descobertas pelos portugueses em 1470 e colonizadas durante 500 anos até 1975. Elas produziam sobretudo acúcar, café e cacau, tendo também servido de entreposto para o comércio de escravos africanos no Atlântico por parte de Portugal.
Depois da independência do país em 1975, as forças armadas de São Tomé e Príncipe foram estruturadas, formadas e orientadas por conselheiros militares russos, ainda no tempo da União Soviética. A maior parte do equipamento bélico do país ainda é de origem russa.
Após o desmoronamento da União Soviética, na década de 1990, terminou a cooperação militar entre os dois países. Por isso, a atual notícia é surpreendente, indicando que essa cooperação foi agora retomada. E que as ilhas de São Tomé e Príncipe adquiriram uma nova importância estratégica, confirmando a tendência atual de vários países africanos de se afastarem cada vez mais da esfera de influência ocidental e das antigas potências coloniais europeias.
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