Rally de Portugal arranca de Coimbra

No próximo dia 9 de Maio, Coimbra volta a ser o epicentro da adrenalina automobilística com o arranque do Rally de Portugal. O evento, que promete encher as ruas da cidade com o roncar dos motores, tem início marcado para as 17h00, mas desde as 14h30, a Praça das Cortes estará recheada de actividades para os fãs do desporto motorizado.

Com 69 inscritos, o Rally de Portugal não só é a maior prova do calendário automobilístico nacional, como também atrai os melhores pilotos do mundo para as estradas portuguesas. É uma celebração do desporto motorizado que une a comunidade em torno da paixão pelas corridas.

A cidade de Coimbra, mais uma vez, mostra o seu apoio ao evento, preparando-se para receber tanto os corredores como os espectadores com entusiasmo. A partir do dia 4 de Maio, começam os preparativos, com condicionamentos ao estacionamento e montagem da rampa da cerimónia de partida, que se estenderá até ao dia da largada.

Os dias que antecedem o rally são marcados por uma crescente agitação na cidade, com a proibição de estacionamento e circulação em determinadas áreas para garantir a segurança e fluidez do evento. Mas é no dia 9 que a emoção atinge o seu auge, com a Praça das Cortes transformada num verdadeiro parque de diversões motorizado.

Das 14h30 às 16h00 os camiões com os carros de competição chegam, enquanto as sessões de autógrafos e a oportunidade de tirar uma foto com os pilotos animam os fãs. Às 17h00, com o hino nacional entoado, dá-se o arranque oficial, dando início a uma jornada de pura velocidade e adrenalina.

Superespecial na Figueira da Foz tem novo traçado

A adrenalina do Rally de Portugal não se limita às estradas de Coimbra. Este ano, a superespecial na Figueira da Foz traz consigo algumas novidades que prometem elevar ainda mais o nível de emoção para os entusiastas das corridas.

O vereador Manuel Domingues, responsável pelo Desporto na autarquia, revelou as alterações ao traçado desta prova urbana, que será a primeira classificativa do rally este ano. A zona da avenida de Espanha e o parque de estacionamento adjacente, conhecido como Parque das Gaivotas, serão palco de um espectáculo único.

O percurso mantém a sua extensão de 2,94 quilómetros, mas com algumas mudanças significativas. Três rotundas foram adicionadas ao interior do parque de estacionamento, desafiando os pilotos com curvas apertadas e emocionantes. Além disso, o salto que caracterizou a prova do ano passado foi reposicionado, proporcionando aos pilotos uma experiência ainda mais emocionante.

Manuel Domingues explicou que o objectivo era tornar o percurso mais seguro e dinâmico, mantendo a emoção característica da superespecial na Figueira da Foz. A prova, que terá lugar às 19h05 do dia 9 de Maio, promete ser um momento imperdível para os fãs.

Apesar das discussões sobre o futuro da superespecial na Figueira da Foz, com Coimbra a expressar interesse em recuperar a prova em 2025, a autarquia local reafirmou o seu compromisso com o evento. Com um contrato que lhes garante o direito de opção até 2025, a Figueira da Foz está determinada a manter a sua presença no calendário do Rally de Portugal.

Desafios financeiros e necessidade de apoio estatal

Enquanto os motores rugem e as multidões se reúnem para testemunhar a emoção do Rally de Portugal, nos bastidores, os organizadores enfrentam um desafio financeiro significativo. O Automóvel Clube de Portugal (ACP) revelou que o evento, com um custo de quatro milhões de euros, é deficitário e está em discussão sobre como garantir o seu futuro financeiro.

Em declarações durante a sessão de apresentação da partida cerimonial do Rally de Portugal, João Mendes Dias, director de operações do ACP, destacou a importância do apoio público para a viabilidade do evento. Com despesas que incluem custos de serviços prestados por entidades estatais e relacionadas, como a GNR, PSP, Protecção Civil e bombeiros, chegando a um milhão de euros, o apoio financeiro do Estado torna-se crucial.

O modelo de financiamento do Rally de Portugal tem evoluído ao longo dos anos, com apoio do Turismo de Portugal e, mais recentemente, financiamento das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional. No entanto, após o término do último modelo de financiamento em 2021, o ACP está em negociações com entidades estatais para encontrar uma solução viável para o futuro do evento.

Do Shakedown à vitória: o Rally na região Centro

Com um total de 1.690,12 quilómetros de extensão, incluindo 337,04 quilómetros cronometrados, o evento promete ser uma prova de resistência e habilidade para os pilotos.

A grande novidade deste ano é o figurino de 22 especiais de classificação, um número que não era atingido desde a edição de 2012. Esta diversidade de desafios promete testar a perícia dos pilotos e a resistência dos carros ao longo de todo o rally.

A acção começa na quinta-feira de manhã, 9 de Maio, em Baltar, com o Shakedown de 4,61 km, seguido pela Cerimónia de Partida oficial em Coimbra, às 17h00. Os competidores dirigem-se depois para a Figueira da Foz, para a Superespecial de abertura, com 2,94 km, marcada para as 19h05 e com transmissão na RTP1.

Na sexta-feira, as especiais de terra da região Centro serão o primeiro grande teste, com destaque para a classificativa de Mortágua, a ser percorrida duas vezes, e as passagens por Lousã, Góis e Arganil.

Mortágua

Horário— 1.ª passagem às 8h05 2.ª passagem às 17h35

Para a edição de 2024, Mortágua ganhou mais uma passagem e abre agora o dia de sexta-feira. O desafio passa por um selectivo percurso que goza de um irrepreensível e rápido piso junto aos eucaliptais tão característicos desta paisagem, onde o equilíbrio entre velocidade e técnica apurada podem ditar diferenças significativas na classificação.

 

 

Lousã

Horário— 1.ª passagem às 9h35 2.ª passagem às 14h05

Depois de uma ausência de mais de vinte anos, o Rally de Portugal regressou em 2019 à Serra da Lousã, tendo este ano honras de abertura da parte competitiva do Rally. Enfrentando o já tradicional traçado estreado há quatro anos e que se desenrola numa densa zona florestal, com uma progressão muito técnica e selectiva, consagrando a naturalidade e dureza do cenário beirão. O troço culmina com a espectacular descida composta por inúmeros ganchos, terminando às portas da vila da Lousã.

 

Góis

Horário— 1.ª passagem às 10h35 2.ª passagem às 15h05

O renovado troço de Góis, apresenta-se este ano mais curto no seu início. As exigências do rápido percurso não deixarão margem para erros nem contemplação das deslumbrantes paisagens. O já tradicional gancho do Sobral marca a descida final proporcionando um frissom adicional aos pilotos do WRC na mais longa especial do dia.

Arganil

Horário— 1.ª passagem às 11h35 2.ª passagem às 16h05

Intenso, diversificado em ritmo e cadência onde a emoção e o perigo iminente percorrem de mãos dadas as encostas da serra do Açor. Apesar dos padrões actuais de segurança obrigarem à colocação de rails de protecção nas zonas mais vertiginosas, este troço não deixará descurar o facto de que um pequeno erro poderá ser fatal para as ambições de pilotos e equipas.

 

No sábado, os competidores enfrentam dois ‘loops’ pelas classificativas de Felgueiras, Montim, Amarante e Paredes, terminando o dia com a Superespecial de Lousada, com transmissão na RTP2.

A etapa decisiva de domingo será composta por duplas passagens pelos troços de Cabeceiras de Basto e os troços de Fafe, palco habitual da Power Stage, com as duas passagens em directo na RTP1.

 

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