A Procuradoria Geral da Venezuela emitiu nesta quinta-feira (02/05) novos mandados de prisão e pedidos de extradição contra Leopoldo López e Julio Borges, dois dos principais líderes da oposição venezuelana, que vivem no exterior.
Segundo os procuradores, ambos os políticos estariam envolvidos em um esquema de roubo de recursos petroleiros do país, pelo qual teriam desviado mais de U$ 1 bilhão. O valor seria equivalente a cerca de R$ 5,3 bilhões.
O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, responsável pela investigação, afirmou em entrevista ao canal estatal VTV que López e Borges estariam envolvidos em “um esquema pelo qual conseguiram embarcar até dois milhões de barris (de petróleo cru) por navio”.
As investigações estão baseadas em documentos oficiais da petroleira estatal PDVSA e de depoimentos de funcionários da empresa, além de empresários ligados ao esquema.
Os acontecimentos ocorreram em 2014 e teriam envolvido o roubo de barris de um depósito da estatal próximo ao porto de Guaíra, o maior do país. Se estima que um total de oito navios zarparam com barris roubados, transportando entre US$ 120 milhões e US$ 140 milhões. Contudo, não há provas suficientes para determinar os destinos de tais embarcações.
Exilados
Atualmente, tanto Leopoldo López quanto Julio Borges vivem em exílio no exterior, razão pela qual a renovação dos seus mandados de prisão requerem também pedidos de extradição.
López reside desde 2019 em Madrid, capital da Espanha, de onde exerce seu papel de líder do partido Vontade Popular, um dos mais agressivos da extrema direita venezuelana.
Já Borges, do partido Primeiro Justiça (outro representante do setor mais extremista do país), mora em Bogotá, capital da Colômbia, desde 2017.
Com informações de Sputnik.
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