As autoridades educativas venezuelanas mudaram o nome de mais de 6.415 colégios da Venezuela porque recordam a época da colonização espanhola e para reivindicar a luta dos aborígenes locais.
“Mudámos 6.415 nomes de instituições educativas, muitas delas com o nome da colónia”, anunciou a ministra de Educação da Venezuela.
Yelitze Santaella falava ontem em El Valle (Caracas), durante a cerimónia de câmbio de nome de um dos colégios, na qual participou também o ministro de Cultura da Venezuela, Ernesto Villegas Polkaj.
“A partir do ano 1999, a nossa Constituição Bolivariana atribuiu um capítulo especial aos povos e comunidades indígenas. Hoje estamos a reivindicar a luta que os nossos aborígenes travaram”, frisou Yelitze Santaella.
Segundo a ministra os câmbios de nome fazem parte do Plano de Modificação do Epónimo desde a Descolonização.
“Até hoje (ontem), a escola onde nos reunimos tinha o nome do conquistador espanhol Diego de Losada que foi substituído pelo de Judith Liendo, uma professora desta paróquia (El Valle) de Caracas, uma patriota abnegada que morreu em 2018 e que, em vida, lutou pela mudança de nome desta escola secundária”, explicou o ministro da Cultura, Ernesto Villegas Poljak.
Segundo as autoridades venezuelanas as mudanças de nome fazem parte de um “extraordinário trabalho”.
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