“Nós devemos adotar uma postura de defesa dos acordos de Barbados”, defendeu Dirceu, numa referência aos acordos entre a oposição e Maduro, fechados em outubro de 2023 e que estabeleciam as regras da eleição.
“Mas temos de tomar cuidado para que isso não se transforme numa intervenção nos assuntos internos da Venezuela. Precisamos preservar a não intervenção e impedir que haja uma diplomacia de troca de mensagens de condenação mútua. Isso não ajuda nem o processo democrático venezuelano e nem a relação com o Brasil”, disse.
Eis os principais trechos:
Existe a possibilidade de que o republicano Donald Trump seja eleito nos EUA. No passado, já vimos uma relação positiva entre outro republicano, George W. Bush, e Lula. O sr. acha que isso pode, de alguma forma, se repetir ou pelo menos evitar um confronto?
Os EUA têm interesses nacionais. O Brasil é uma potência em si. A China tem mais interesse no Brasil que os EUA. Obviamente, uma relação com o Trump não será fácil. Mas o Brasil tem condições de manter certa autonomia em relação às políticas de Trump. Com Bush, tivemos a guerra contra o terror, a situação do Iraque. E o Brasil nunca apoiou isso, teve uma postura autônoma.
No caso de Trump, ele pode alterar a política em relação aos venezuelanos. Houve uma tentativa de golpe a partir das sanções e uma guerra civil, o que explica muito do que está acontecendo hoje.
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