O governo também está de olho em como a oposição a Maduro vai agir após as restrições. Além do diálogo com o representante da Venezuela, o Itamaraty monitora se os opositores irão insistir na eleição ou fazer uma campanha de abstenção de votos.
Leitura de cenário. Representantes do Itamaraty veem na ação de Maduro que o venezuelano não quer correr riscos, apesar de ter assinado o acordo de Barbados e de o cenário internacional ser positivo para o país vizinho em razão da demanda por petróleo.
Críticas de Lula ao pleito venezuelano
Lula declarou ontem (28) que a situação das eleições na Venezuela é “grave” e que o Brasil irá acompanhá-las de perto. As críticas estão em linha com nota do Itamaraty publicada na terça (26) que marcou uma mudança de tom em relação ao regime de Maduro.
Na última semana, a oposição a Maduro denunciou problemas para registrar candidatura no país. A coalizão PUD (Plataforma Unitária Democrática) disse ter sido impedida de acessar o sistema para inscrever Corina Yoris, indicada por María Corina Machado. De última hora, outro nome da oposição (Manuel Rosales, ex-rival de Hugo Chávez) decidiu (e conseguiu) se inscrever para enfrentar Maduro nas urnas.
Ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, Lula disse que soube do impedimento com “surpresa” e que pediu pessoalmente a Maduro que o pleito seja democrático. “É grave que a candidata não possa ser candidata. Me parece que ela foi dirigida ao local e não conseguiu entrar”, disse o presidente.
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