O PAN Madeira reuniu, esta tarde, com Aldo de Santis, assessor da
plataforma unitária dos partidos da oposição da Venezuela, para abordar o
processo eleitoral agendado para 28 de Julho no país da América do Sul.
Após as primárias da Venezuela a 22 de Outubro, em que María Corina Machado venceu o com 92% dos votos, a
mesma não conseguiu se inscrever no site do Conselho Nacional Eleitoral, apesar
de não haver nenhuma justificação legal para o efeito, para se apresentar a
eleições no dia 28 de julho.
É lamentável que no séc.XXI e em
democracia, haja este tipo de sabotagem a candidaturas da oposição,
desconsiderando os mais de 90% dos/as venezuelanos/as que se dirigiram às urnas
manifestando a vontade de ter esta líder como oposição ao regime de Maduro. Não
se compreende como é que se bloqueia assim uma candidatura sem qualquer
fundamento legal, prejudicando todo o processo eleitoral que deixa de ser
legítimo
Mónica Freitas, deputada regional do PAN Madeira
No âmbito da reunião, Aldo de Santis reforçou
ainda que esta é uma questão de democracia, que mais do que além de ser de direita ou de
esquerda, coloca em causa os princípios e valores da democracia. Apesar
das limitações, Maria Corina conseguiu mobilizar a população para que apoiasse
a candidatura de uma outra mulher, Corina Yoris, não tendo também
esta conseguido completar o processo. Acabou por se candidatar Manuel Rosales,
governador do estado de Zúlia que é também da oposição.
“Apesar de ter sido possível haver uma outra candidatura, não
é este o candidato que a população Venezuelana escolheu para liderar a oposição
contra Maduro, ainda assim esperam, que hajam entendimentos entre Manuel e
María Corina, estando acima de tudo, em jogo melhorar a situação política da
Venezuela dando melhores condições à população”, explicou.
Deste modo, o partido Pessoas-Animais-Natureza reforça a importância de outros
partidos e regiões se pronunciarem sobre esta situação, mais além das cores
políticas, no sentido de restabelecer a democracia e dar voz a esta comunidade,
que tem um grande significado inclusive para a Madeira.
Reforça ainda que a Madeira possui a maior comunidade de
venezuelanos de Portugal e a 2.ª maior comunidade da Europa, com cerca de 60 mil
venezuelanos. Derivado à crise política, muitos foram os que vieram para a
Região entre 2017 e 2019.
Todos e todas devemos demonstrar solidariedade e a Madeira
tem sido fundamental na recepção e acolhimento destas pessoas. Contudo não
podemos desconsiderar as fragilidades das respostas existentes que se tornam
insustentáveis a longo prazo. Com os problemas da habitação, a nível de
respostas da saúde e o desemprego, é importante termos em consideração quais as
nossas reais capacidades em dar resposta a estas situações. É por isso
fundamental, Portugal e através dos agentes políticos, assumirmos um papel de
estado e responsabilidade perante estas injustiças, para que os próprios países
tenham a força necessária para resolver os seus conflitos
Mónica Freitas, deputada regional do PAN-Madeira
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