O Presidente da República são-tomense, Carlos Vila Nova pediu, medidas exemplares de combate ao crime de abuso sexual, face ao aumento de casos.
Carlos Vila Nova, demonstrou essas preocupações na passada terça-feira, no final de uma conferência onde se discutiu o abuso sexual nas perspetivas social e jurídica, juntando representantes de organizações da sociedade civil e proteção social, bem como de órgãos jurisdicionais, nomeadamente tribunais, Ministério Público, Polícia Judiciária e Polícia Nacional.
Na sua intervenção, Carlos Vila Nova sublinhou que “se nós não tivermos casos exemplares para combater essa prática, nós estaremos a oficializar a cultura deste ato, seria o pior de tudo que nos pudesse acontecer. Não podemos permitir que as pessoas pensem que isto é cultural. Não é cultural, não pode acontecer”.
“Fiz todo o possível para acompanhar o máximo” disse Carlos Vila Nova, sublinhando que “o nível do que eu assisti deixa-me muito satisfeito”.
Para Carlos Vila Nova é “um fenómeno deveras preocupante” e representa para São Tomé e Príncipe, há algum tempo a esta parte, “um fenómeno verdadeiramente alarmante pelos índices cada vez mais altos que o país vem registando”.
“Uma criança abusada tem o seu desenvolvimento gravemente comprometido como pessoa”, pois além da lesão física “também se reflete traumaticamente na sua vida, afetando diretamente a sua alegria, a sua segurança, a sua capacidade de interagir com os outros, a sua educação, bem como na possibilidade de ser um adulto feliz”, – acrescentou Carlos Vila Nova.
Para o Presidente Carlos Vila Nova “um abuso destrói a inocência de uma criança, os seus sonhos e crenças nas pessoas, deixando-a despedaçada por dentro e contribui para o sofrimento e frustração no seio da família”.
Carlos Vila Nova aproveitou para apelar a uma “reflexão mais ampla e profunda” sobre as causas do fenómeno e o que tem de ser feito para o derrotar face à transversalidade nos vários setores da sociedade.
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