Moçambique triplicou valor das exportações de gás natural em 2023 para 1.591 ME


De acordo com dados compilados hoje pela Lusa a partir de relatórios estatísticos do Banco de Moçambique, a exportação de gás natural em 2023 aumentou 218% face ao ano anterior, em que essas vendas atingiram os 541,6 milhões de dólares (499,2 milhões de euros).


Em 2023, Moçambique exportou ainda gás, em valor, idêntico à soma dos anos de 2017 a 2022, que totalizou mais de 1.866 milhões de dólares (1.720 milhões de euros).


O aumento nas exportações de gás natural é explicado pelo arranque, no final de outubro de 2022, da operação na Área 4, pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma `joint venture` em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão, cuja produção de gás natural arrancou em 2022. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.


A Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, já discute com o Governo moçambicano o desenvolvimento de uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira e designada Coral Norte, para aumentar a extração de gás, disse à Lusa, no mês passado, fonte da petrolífera italiana.


Este plano envolve, nomeadamente, a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG, para a área Coral Norte, idêntica à que opera na extração de gás, desde meados de 2022, na área Coral Sul.


“A Eni está a trabalhar para o desenvolvimento do Coral Norte através de uma segunda FLNG em Moçambique, aproveitando a experiência e as lições aprendidas na Coral Sul FLNG, incluindo as relacionadas com custos e tempo de execução”, acrescentou a mesma fonte da petrolífera, operador delegado daquele consórcio.


Um documento divulgado anteriormente, elaborado pela firma moçambicana Consultec para a petrolífera Eni, aponta tratar-se de um investimento de sete mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros), sujeito a aprovação do Governo moçambicano.


Se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projetos em terra, que dependem de implicações de segurança devido à insurgência armada em Cabo Delgado.


A Coral Norte ficará estacionada 10 quilómetros a norte da Coral Sul cuja produção arrancou em novembro do ano passado, tornando-se no primeiro projeto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.


 


Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.