“A ditadura, investigada por crimes contra a humanidade, expulsa agora o gabinete da ONU que documenta no terreno a nossa situação dos Direitos Humanos (…) alertamos o mundo para a indefensabilidade em que se encontram os partidos políticos, as organizações de direitos humanos e a sociedade civil, perante esta situação“, escreveu, na quinta-feira, o partido Voluntad Popular (VP) na rede social X (antigo Twitter).
A presidente do partido Encontro Cidadão, Delsa Solórzano, alertou que “a ditadura não quer a supervisão de organizações internacionais” no país.
“A expulsão é extremamente grave e demonstra o estado de indefensabilidade em que nos encontramos perante um regime acusado de cometer crimes contra a humanidade e de violar sistematicamente os Direitos Humanos dos seus cidadãos. É por isso que estamos a fazer um alerta internacional ao mundo democrático“, disse a também ex-deputada na mesma rede social.
Solórzano explicou que a resposta do regime ao questionamento da ONU sobre a detenção recente da ativista Rocío San Miguel foi “a de retaliar” por “não tolerar serem expostos perante o mundo depois das graves atuações dos organismos de repressão do Estado”.
Juan Pablo Guanipa, do partido Primeiro Justiça (PJ), disse entender que a expulsão é “uma grave afronta às vítimas de violações sistemáticas”.
Exilado na Colômbia, o ex-deputado Júlio Borges, também do PJ, instou a comunidade internacional a ativar ações para garantir os direitos dos venezuelanos.
O Presidente venezuelano, Nicolás “Maduro expulsa os membros do gabinete do alto-comissário da ONU para continuar a violar os Direitos Humanos e tentar sair da rota eleitoral de 2024”, escreveu na X.
O ex-deputado Miguel Pizarro alertou que a decisão “procura isolar o país da vigilância internacional”.
Várias organizações não-governamentais condenaram a expulsão e advertiram que o regime tenta evitar que os organismos internacionais denunciem a situação no país.
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