Patrice Trovoada foi o único candidato ao congresso do partido, com os mesmos dois vice-presidentes, a presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, e o deputado Orlando da Mata.
“A partir de hoje, vocês deram-me mais algumas vitaminas para continuar o trabalho, que não é pouco, para continuar a agir, para continuar a corrigir, para continuar, sobretudo, a abraçar, a apoiar, a chamar aqueles do ADI ou fora do ADI que querem, como eu, a única coisa [que é] o bem do povo são-tomense”, disse Patrice Trovoada na sua mensagem, no final do quarto congresso da ADI.
Durante o congresso, Trovoada apresentou a nova moção de estratégia do partido (2024-2026), que considerou “fundamental para que o ADI possa vencer as próximas eleições” de 2026, e para vencer uma parte dos problemas “com os quais a população de São Tomé e Príncipe lida e sofre já há muitos anos”.
“Essa moção estratégia só pode ter sucesso se houver uma mudança de mentalidade, começando primeiramente dentro de casa [ADI]”, sublinhou, referindo que isso implica dar prioridade ao que chamou de “NTS – novo tipo de são-tomense” com “novas atitudes, novos comportamentos, sempre em torno da unidade, da disciplina e do trabalho”.
Segundo Patrice Trovoada a moção baseia-se em dois instrumentos designados por “plataformas”, nomeadamente “de aceleração do crescimento económico” e a “plataforma de consciencialização social pela inclusão e para a paz social”.
“Nós não conseguimos crescer e desenvolver o país se não houver paz social, e a paz social não acontece se não houver diálogo e inclusão”, disse Patrice Trovoada que quer mudança de mentalidade e comportamento de topo até a base, “sobretudo a nível da direção do partido”.
“Na base da moção estratégica deram poder ao presidente do partido para corrigir o que não está bem, então eu vou corrigir […] temos que mudar […] se alguns de entre nós forem sancionados, não queixam e não vão à procura de dividir o partido. Eu tenho a plena consciência de que alguns – eu diria um número significativo de entre nós -, se não mudarem de comportamento naqueles setores em que eles têm responsabilidade, eu irei mudá-los”, advertiu Patrice Trovoada.
“Que fique claro, eu só devo ao povo, eu só devo aos militantes de base do partido”, precisou o líder da ADI.
Patrice Trovoada refirmou que o partido é a solução para os problemas de São Tomé e Príncipe, mas alertou que “não haverá solução sem trabalho e sem o engajamento de todos”. E considerando que “o ADI tem a responsabilidade no Governo”, irá “basear-se nos resultados” e “promover e reconhecer o mérito”.
“Se não houver alguém do ADI para fazer trabalho vamos buscar qualquer são-tomense disponível para fazer o trabalho para o bem de São Tomé e Príncipe […]. O momento em que se encontra São Tomé e Príncipe é suficientemente grave para termos o engajamento de todos. Quem não quiser fazer a caminhada connosco que deixe os outros avançarem”, apelou o também primeiro-ministro são-tomense.
Patrice Trovoada garantiu que o partido está unido e deve estar atento para “solucionar os problemas de São Tomé e Príncipe”, uma vez que o país “está numa situação muito complicada”, “tem desafios sérios”, mas que podem ser resolvidos.
“Eu sinto que vamos resolver esses problemas, mas não posso correr o risco de continuar com o peso morto comigo”, disse Patrice Trovoada.
Desde 2010 que a Ação Democrática Independente (ADI) é o maior partido de São Tomé e Príncipe, tendo vencido as eleições de 2022 com maioria absoluta, o que permitiu a presença de 30 deputados que apoiam o Governo no parlamento de 55 elementos.
O partido vai reunir o seu Conselho Nacional no próximo mês para a eleição do secretário-geral, cargo que esta vago desde dezembro de 2022.
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