Venezuela acusa EUA de “apoiarem terrorismo” após prisão de ativista

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, iniciou uma dura perseguição a opositores por suposta tentativa de assassinato| Foto: EFE/ Rayner Peña R.

A ditadura da Venezuela acusou nesta terça-feira (13) os Estados Unidos de “proteger e abrigar autores de atos de terrorismo e intervencionismo”, depois que Washington disse estar profundamente preocupado com a prisão da ativista venezuelana Rocío San Miguel, detida na última sexta-feira (9) por estar supostamente envolvida em uma conspiração para assassiná-lo.

“Hoje o governo dos EUA está protegendo e ampara terroristas, que confessaram seus crimes e as ordens que receberam para prejudicar nosso povo. Eles são cúmplices dos autores intelectuais e materiais dos atos de terrorismo e intervencionismo contra a Venezuela”, disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, em mensagem na rede social X.

O chanceler venezuelano afirmou que a Agência Central de Inteligência (CIA) e a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) “têm conspirado a partir de Miami e da Colômbia, junto com opositores da ‘extrema-direita’ venezuelana, para assassinar o presidente Nicolás Maduro e outros funcionários do governo”, conforme denunciado pelo Ministério Público (MP) da Venezuela no final de janeiro.

Os EUA disseram nesta terça-feira que estão profundamente preocupados com a detenção de Rocío, diretora da ONG Control Ciudadano, e pediram ao regime de Maduro que cumpra os acordos para melhorar a democracia no país.

No final do ano passado, a ditadura chavista fez acordos com EUA e a oposição venezuelana para realizar eleições livres e justas no país.

Perguntado pela Agência EFE, o porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, disse que o governo dos EUA está monitorando de perto o caso de Rocío, que foi detida pelas forças de segurança venezuelanas na última sexta-feira quando tentava embarcar em um voo de Caracas para Miami com sua filha.

O procurador-geral, Tarek William Saab, denunciou uma “feroz campanha internacional” contra o sistema judiciário do país após a prisão de Rocío e de cinco familiares e pessoas próximas, que segundo o chefe do MP estariam ligadas a uma conspiração cujo objetivo seria atacar Maduro e unidades militares do país.

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