Guiné Equatorial continua a ser o terceiro país mais corrupto de África, Angola melhorou no combate à corrupção
A tendência da Guiné Equatorial nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos perdeu três. Em sentido contrário, Angola melhorou o combate à corrupção, fixando-se no 121.º lugar no CPI, alcançando 33 pontos. O país africano melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121.º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, no 21.º entre os 49 países considerados.
A Guiné Equatorial é considerado o terceiro país mais corrupto do continente africano, descendo um lugar para a 172.ª posição, entre 180, no Índice de Perceção da Corrupção, segundo um relatório hoje divulgado.
Na edição deste ano do Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela Transparência Internacional, e que classifica de zero (percecionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios, refere-se que a Guiné Equatorial (17 pontos), o Sudão do Sul (13) e a Somália (11) “registam os resultados mais baixos, sem qualquer sinal de melhoria” em África.
A tendência da Guiné Equatorial nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos perdeu três. Antiga colónia espanhola, a Guiné Equatorial integra, desde 20214, a CPLP.
Em sentido contrário, Angola melhorou o combate à corrupção, fixando-se no 121.º lugar no CPI, alcançando 33 pontos. O país africano melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121.º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, no 21.º entre os 49 países considerados.
O relatório destaca que Angola adotou medidas anticorrupção, que aplicou “de forma consistente” para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais.
Angola finalizou uma estratégia anticorrupção para o período de 2018-2022 e estes esforços, juntamente com outras reformas judiciais, conduziram à recuperação de 3,3 mil milhões de dólares (três mil milhões de euros) em ativos pelo fundo soberano, acrescenta-se no documento.
A investigação e a ação penal contra altos funcionários culminou também na recuperação de cerca de 7 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) em ativos financeiros e tangíveis.
A tendência nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de sete pontos e, considerando os últimos 11 anos, a melhoria é ainda mais significativa: 11 pontos.
O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da perceção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.
Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percecionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.
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