Activista de direitos humanos detido na Guiné Equatorial


“Anacleto Micha Ndong Nlang é acusado de ser responsável pelos incêndios que ocorreram nos últimos dias na cidade de Malabo”, anunciou no Facebook a plataforma de cidadãos Somos+, que luta pelos direitos humanos no país membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).


A plataforma explica ter obtido a informação junto do próprio ativista, quando o visitou na esquadra, na sexta-feira.


“A plataforma civil Somos+ exige a libertação imediata do camarada Anacleto Micha Ndong Nlang e de todos os presos políticos e de consciência encarcerados nas prisões nacionais”, refere ainda a organização citada pela agência de notícias AFP.


Tanto as ONG internacionais como a ONU têm denunciado a repressão de todos os dissidentes na Guiné Equatorial.


Anacleto Micha Ndong Nlang é presidente da associação Guiné Equatorial También Es Nuestra (A Guiné Equatorial Também é Nossa), que não é reconhecida pelas autoridades, obrigando a maioria dos seus dirigentes a viver no exílio, nomeadamente em Espanha.


Num comunicado de imprensa divulgado na sexta-feira, a organização insta o governo “a tomar medidas concretas para pôr termo às detenções arbitrárias, à tortura e à perseguição política” no país.


Anacleto Micha Ndong Nlang já tinha estado preso durante 271 dias por ter ajudado dado apoio, incluindo a mulheres e crianças, durante o cerco a um partido político da oposição em setembro de 2022.


A AFP recorda que o ativista foi também detido por um breve período novamente em dezembro do ano passado.


No domingo, foram incendiados um stand na capital do país que acolhia eventos oficiais, assim como um parque de estacionamento.


O incêndio foi filmado e publicado na rede social X por um outro grupo de ativistas com a seguinte legenda: “Continuaremos a queimar mais sítios se não nos mostrarem Gabriel Nze Obiang vivo…”.


O movimento é uma referência ao opositor político da Guiné Equatorial e líder do partido da oposição Cidadãos para a Inovação (CI), condenado a 29 anos de prisão em junho de 2023 por “homicídio, exercício abusivo dos direitos fundamentais, insulto à dignidade da pessoa humana”.

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