As nações africanas estão reunidas na Costa do Marfim para a edição deste ano da Copa Africana de Naciones (CAN). Antes do Euro ou da Copa América, existem outras nações ibero-falantes a competir. Nesta competição africana existem selecionadores portugueses a treinarem equipas tão diversas como a Nigéria ou o Egito, sem esquecer os PALOP. Duas destas seleções, Guiné Bissau e Moçambique, não conseguiram passar da fase de grupos.
Nesta edição, que tem sido contagiada com a boa disposição da seleção da Guiné-Bissau (que pretende deixar para trás os problemas sociais e políticos vividos no país, três seleções bem conhecidas do público português e espanhol estão a dar que falar. Estamos a falar de Cabo Verde, a Guiné equatorial e Angola. Três seleções que têm nas suas bases jogadores que estão ou já passaram pela Primeira Liga ou a La Liga.
Começando com os «tubarões azuis» de Cabo Verde, equipa que tem como estrela maior o jogador leonino Jeovane Cabral (o sportinguista Catamo também brilhou pela sua Moçambique), terminaram o grupo em primeiro lugar e sem derrotas, tendo com um empate quase deixado o Egito de Rui Vitória e de Salah fora dos oitavos de final da CAN. Em todos os jogos já realizados, Cabo tem enfrentado os seus adversários de igual para igual.
Passando para a Guiné equatorial, com vários jogadores nascidos em Espanha, esta aplicou uma das maiores goleadas, 4-0, desta prova a anfitriã Costa do Marfim. Esta humilhação da equipa do sportinguista Diomandé levou os adeptos da Guiné equatorial ao êxtase. Para melhorar o futebol na Guiné equatorial tem se apostado em jogadores com dupla nacionalidade e com passagens pelas canteras de várias equipas espanholas.
Terminando com a Angola de Pedro Gonçalves que fez história e precisou de apenas 18 segundos para se classificar para a próxima fase da CAN. Os jogadores angolanos, alguns deles a atuarem em equipas portuguesas (como é o caso do Casa Pia), têm se conseguido impor ao mais alto nível, conquistando o primeiro lugar do seu grupo e uma eficácia impressionante. O sucesso desportivo poderá ser abalado pela saída de um dos jogadores da concentração do selecionador português.
Com a Argélia, campeã em 2019, fora e a possibilidade de a Costa do Marfim ser afastada precocemente da competição, os olhos do futebol africano começam a recair sobre Cabo Verde, a Guiné Equatorial e Angola. Será que o vencedor da taça africana vai falar português ou espanhol?
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