São Tomé quer combater paludismo com mosquitos geneticamente modificados

“Estamos em fase bastante avançada que nos permite começar a trabalhar numa proposta de libertação experimental do mosquito modificado […] estamos a finalizar o estudo, temos equipa de engajamento no terreno, as infraestruturas estão criadas, os estudantes e recursos humanos estão a ser treinados”, disse gestor de campo da UCMI, João Pinto.

O responsável disse que após dois anos e meio, o projeto está “em fase avançada” e iniciou a segunda fase “que implicaria um estudo experimental de libertação do mosquito modificado, seguido de uma fase de monitorização durante quatro ou cinco anos”.

Para isso está a ser elaborado um plano de libertação dos mosquitos que será apresentado ao Governo são-tomense durante o mês de março, ficando dependente da aprovação pelo executivo.

“Nós temos todo uma série de resultados científicos que nos permitem precisamente fazer esse plano de libertação”, assegurou João Pinto.

Até a conclusão do plano, a UCMI vai finalizar outros estudos da “bioecologia do mosquito” que transmite o paludismo em São Tomé e Príncipe para conhecer, nomeadamente o tamanho da população, a distância média que percorre entre as localidades, os hospedeiros que gosta mais de se alimentar e outros aspetos comportamentais.

“Todo esse estudo está a ser feito, nós temos resultados e esses resultados servem para nós podermos prever como é que vai ser a libertação do mosquito, mas também ajuda o próprio programa nacional de luta contra o paludismo a compreender melhor o mosquito”, precisou João Pinto.

O ministro do Trabalho e Solidariedade, Celsio Junqueira, que representou a ministra da Saúde, na apresentação de um documentário da UCMI sobre a primeira fase do projeto, apontou a iniciativa como “uma das propostas” que o executivo tem “para o combate ao paludismo” em São Tomé e Príncipe.

Celsio Junqueira sublinhou que o combate ao paludismo tem sido feito com “um esforço bastante titânico” pelo executivo, sendo um dos “objetivos para o arranque” da “aposta no turismo”.

De acordo com o plano de luta contra o paludismo, as autoridades são-tomense preveem eliminar a doença até 2030.

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