Alfa Semedo e Carlos Mané querem sair da prova de cabeça erguida com um triunfo

A Guiné-Bissau defronta esta segunda-feira, 22 de Janeiro, a Nigéria, naquele que é o último jogo dos Djurtus neste Campeonato Africano das Nações de futebol.

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A Guiné-Bissau, apesar de ainda ter este jogo pela frente, já está eliminada da prova. Os Djurtus perderam frente à Costa do Marfim por 2-0 e perante a Guiné-Equatorial por 4-2, estando, desde já, fora dos oitavos-de-final.

Nigéria e Guiné Equatorial lideram o agrupamento com quatro pontos, à frente da Costa do Marfim com três e da Guiné-Bissau que ainda não pontuou.

Mesmo vencendo frente aos nigerianos no último jogo, os Djurtus terão o mesmo número de pontos do que os marfinenses, isto se a Costa do Marfim perder. No entanto, como o critério de desempate é o confronto directo entre as duas equipas, a Guiné-Bissau ficaria sempre em desvantagem uma vez que perdeu por 2-0 frente aos anfitriões.

Em conferência de imprensa, Carlos Mané, avançado guineense de 29 anos, afirmou que a equipa vai tentar tudo para alcançar um primeiro triunfo no CAN frente à Nigéria, nesta que é a quarta participação na competição para a selecção da Guiné-Bissau.

«Nós sabemos que vai ser um jogo difícil. A Nigéria tem uma boa equipa, como toda a gente sabe, tem bons jogadores, e nós claro que queremos dar a primeira vitória à Guiné-Bissau no CAN. Estamos a trabalhar para isso. O treinador tem-nos ajudado para isso também. Vamos tentar, vamos dar o nosso máximo para ajudar a Guiné-Bissau a conquistar a primeira vitória num Campeonato Africano das Nações. Temos trabalhado bem. Temos tido pouca sorte, mas vamos à procura da sorte, à procura da vitória, para podermos ser felizes», frisou o atleta dos Djurtus.

Carlos Mané, avançado guineense 22-01-2024

Carlos Mané, internacional guineense, joga no Kayserispor na Turquia, ele que já representou o Sporting Clube de Portugal e o Rio Ave em território luso, bem como o Estugarda e o Union Berlim na Alemanha.

Carlos Mané (esquerda), avançado guineense. © AFP – FRANCK FIFE

Depois da derrota por 4-2 frente à Guiné Equatorial, Alfa Semedo, médio da Guiné-Bissau, foi o único jogador que, apesar da decepção, acabou por prestar declarações à RFI. O internacional guineense estava triste e emocionado com a derrota.

«Nem sei o que dizer, mas é o futebol. Tens de saber perder, tens de saber lidar com estes momentos, porque a vida não acabou aqui. Ainda temos um jogo para jogar, pelo menos para dignificar o nosso país. É esquecer este jogo porque agora já passou e não há nada a fazer. É complicado. Claro que acreditamos e sentimos isso durante a primeira parte frente à Guiné Equatorial, em que tivemos o lance do Franculino. Mas foi como eu disse, é o futebol: falhas ou não concretizas as tuas oportunidades. O adversário também quer vencer, e faz parte do futebol. Agora é lutar frente à Nigéria para sair daqui com três pontos, uma vitória, e dignificar o nosso país. A grande penalidade podia ter sido decisiva para o jogo. Não sei que critério o árbitro usou, e decidiu que afinal não era grande penalidade. Há coisas que não dá para perceber. Mas seguimos em frente porque a vida não acabou aqui», sublinhou o médio dos Djurtus.

Alfa Semedo, médio guineense 19-01-2024

Alfa Semedo, internacional guineense de 26 anos, joga actualmente no Al-Tai na Arábia Saudita, ele que já representou o Benfica, Vilafranquense, Moreirense e o Vitória de Guimarães em Portugal, o Espanyol em Espanha, bem como o Reading e o Nottingham Forest na Inglaterra.

Recorde-se que a Guiné-Bissau, em quatro participações no CAN, empatou duas vezes e perdeu nove encontros.

Selecção da Guiné-Bissau.
Selecção da Guiné-Bissau. © AFP – FRANCK FIFE

 

CAN 2024. Imagem de Arquivo.
CAN 2024. Imagem de Arquivo. © AP/Themba Hadebe

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