O consórcio que junta a empresa construtora de Famalicão Alberto Couto Alves (ACA) e a espanhola Ferrovial já iniciou a construção da nova estação da Praça da Galiza, no Porto, que servirá a futura linha Rosa daquela infraestrutura.
O avanço das obras, que devem ficar concluídas até final de 2024, foi mostrado pela Metro do Porto através da rede social “X”, mostrando, “para lá dos tapumes”, a “futura estação da Linha Rosa (G)”.
Esta extensão, que promete “aumentar a procura do sistema de metro, contribuir para a redução das emissões de gases poluentes e das alterações climáticas, promover o desenvolvimento económico local e a coesão social e territorial”, ligará São Bento à Casa da Música, com quatro estações pelo meio e um túnel de três quilómetros.
Segundo o ‘site’ da Metro do Porto, as obras foram aprovadas em outubro de 2019 com um custo total de 218 milhões de euros, com financiamento europeu de 81 milhões de euros, através do Fundo de Coesão, e um financiamento nacional do Fundo Ambiental no valor de 137 milhões de euros.
A arquitetura das novas estações está a cargo dos famosos Eduardo Souto Moura e Álvaro Siza Vieira.
ACA também venceu concurso para construção da Linha Rubi
Note-se que a construtora famalicense, liderada por Alberto Couto Alves, venceu recentemente o concurso para a construção de outra linha (Rubi), no mesmo sistema de transporte metropolitano.
Em outubro, o conselho de administração da Metro do Porto aprovou adjudicar ao consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas a construção da linha por 379,5 milhões de euros, foi hoje anunciado.
Se o contrato for validade pelo Tribunal de Contas (TdC), a nova empreitada deve entrar em execução até ao final do ano, decorrendo simultaneamente com a obra agora em curso, na Linha Rosa.
Segundo a Metro do Porto, a Linha Rubi é, em termos de investimento — valor global de 435 milhões de euros –, o maior projeto no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)/NextGenerationEU, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro.
A nova linha Rubi vai ligar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, passando pelo Campo Alegre, Arrábida e Devesas, e vai acrescentar 6,3 quilómetros à rede de metro da cidade.
Vão ser construídas oito estações (Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio), dois túneis e uma ponte nova sobre o rio Douro, que se chamará Ferreirinha.
Com sede em Famalicão, a Alberto Couto Alves (ACA) é uma das três empresas envolvidas no consórcio e atua nas áreas das infraestruturas (estradas e pontes) e em áreas de construção civil, requalificação urbana, vias de comunicação, edifícios residenciais, hotelaria, reabilitação, geotecnia, obras fluviais, paisagismo, infraestruturas desportivas, sistemas de água e gestão de resíduos.
Fundada em 1982 pelo empresário famalicense com o mesmo nome, conta com mais de 2.000 colaboradores e prevê um volume de negócios de 350 milhões de euros. Há 41 anos que Alberto Couto Alves é o administrador principal da empresa.
Desde a instalação de uma central de britagem em Fafe, no ano de 1990, a ACA tornou-se uma multinacional, atuando em Angola, Marrocos, Brasil, França, Argélia, Polónia, Camarões, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente (2021), na Bolívia.
A empresa “assume-se hoje como um dos mais relevantes players portugueses no setor da construção, face à diversidade e excelência do seu vasto portfólio de obras”, pode ler-se no seu portal.
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