O Fundo Monetário Internacional (FMI) partilhou que a Guiné Equatorial deverá continuar em recessão nos próximos anos, devido à descida da produção petrolífera, à economia pouco dinâmica e a um ambiente de negócios distorcido.
A organização internacional prevê que o país africano tenha uma contração de 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, mantendo-se “no vermelho” nos próximos anos.
“Nos próximos anos as nossas projeções apontam para uma manutenção da recessão da economia devido à diminuição contínua da produção petrolífera e a uma economia pouco dinâmica nos setores não relacionados com os hidrocarbonetos, e travada por um ambiente de negócios distorcido e por um fraco capital humano”, afirmou o economista Thibault Lamaire, em entrevista à “Lusa”.
As declarações foram feitas à margem dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, realizados recentemente em Marraquexe, Marrocos.
Lamaire disse considerar que a Guiné Equatorial deve assentar a política orçamental “no saldo primário não relacionado com os hidrocarbonetos e no reforço da arrecadação de receitas não provenientes dos hidrocarbonetos e na redução das despesas não prioritárias”.
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